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    Brasil retoma produção nacional de insulina após duas décadas

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    Depois de mais de 20 anos sem fabricar insulina, o Brasil retomou nessa sexta-feira (11/7) a produção nacional do medicamento. O primeiro lote, com mais de 200 mil unidades, foi entregue ao Ministério da Saúde em cerimônia na fábrica da empresa Biomm, em Nova Lima (MG).

    O medicamento será destinado ao Sistema Único de Saúde (SUS), que distribui insulina gratuitamente para pessoas com diabetes.

    Saiba sinais que podem indicar que você tem diabetes

    • Sensação de cansaço e irritabilidade.
    • Visão turva
    • Sede excessiva.
    • Fome frequente.
    • Boca seca.
    • Doença periodontal.
    • Feridas que demoram para cicatrizar.
    • Formigamento nos pés e mãos.
    • Perda de peso.
    • Coceira ao redor do pênis ou vagina, ou episódios recorrentes de candidíase.
    • Vontade excessiva de urinar.
    • Coceira na pele.
    • Manchas escuras na pele.
    • Infecções frequentes.

    A retomada da produção acontece por meio de uma parceria entre o laboratório público Fundação Ezequiel Dias (Funed), a empresa brasileira Biomm e a farmacêutica indiana Wockhardt, responsável pela transferência de tecnologia. A iniciativa faz parte do programa Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), criado para fortalecer a autonomia do Brasil na fabricação de insumos estratégicos para a saúde.

    Segundo o Ministério da Saúde, o lote entregue contém 67.317 frascos de insulina regular e 140.068 de insulina NPH. A previsão é que, ao final da transferência de tecnologia, o país esteja apto a produzir metade da demanda das duas versões do medicamento distribuídas pelo SUS, o equivalente a cerca de 45 milhões de doses por ano.

    Redução da dependência externa

    A estimativa da pasta é que cerca de 350 mil pessoas com diabetes sejam beneficiadas com a medida, que recebeu investimento de R$ 142 milhões. Em 2025 e 2026, os contratos firmados preveem a entrega de 8 milhões de unidades de insulina à rede pública, entre frascos e canetas.

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    Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a iniciativa representa um avanço na soberania sanitária do país.

    “Uma ação como essa garante que, mesmo em momentos de crise, o Brasil tenha segurança no abastecimento de um medicamento essencial. Aproximadamente 10% da população brasileira tem diabetes, e parte dessas pessoas depende de insulina para sobreviver”, afirmou Padilha, em comunicado.

    O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu nesta sexta-feira (11), na fábrica da Biomm, em Nova Lima, em Minas Gerais, o primeiro lote de insulinas produzidas por meio de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu nesta sexta-feira (11), na fábrica da Biomm, em Nova Lima, em Minas Gerais, o primeiro lote de insulinas produzidas por meio de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP).

    O governo também anunciou uma nova parceria para produção nacional da insulina glargina, usada no tratamento de diabetes tipo 1 e tipo 2. A PDP envolve a Fiocruz (Bio-Manguinhos), a Biomm e a farmacêutica chinesa Gan & Lee, com previsão de fabricação de 20 milhões de frascos do medicamento.

    Produção será totalmente nacional

    A partir do recebimento do primeiro lote, tem início o processo de transferência de tecnologia para a Funed e a Biomm, que passarão a produzir o medicamento desde a fabricação do insumo farmacêutico ativo até a entrega do produto final. A expectativa é que, ao fim dessa etapa, o Brasil tenha plena capacidade de fabricar o medicamento no território nacional e abastecer o SUS com autonomia.

    O programa Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo busca reduzir a dependência internacional e fortalecer a produção local de medicamentos e insumos.

    Atualmente, o SUS oferece quatro tipos de insulina: as humanas NPH e regular, e duas versões análogas de ação rápida e prolongada. A assistência é gratuita e inclui desde o diagnóstico até o acompanhamento contínuo por equipes multiprofissionais na Atenção Primária à Saúde.

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