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Caiado decreta emergência ambiental por situação de lixão no Entorno

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Caiado decreta emergência ambiental por situação de lixão no Entorno

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), declarou emergência ambiental por 180 dias no município de Padre Bernardo, no Entorno do Distrito Federal.

A medida foi motivada pela situação do lixão Ouro Verde, que, em 18 de junho, desabou parcialmente, infectando um córrego local. O decreto de Caiado foi publicado no Diário Oficial de Goiás, na última sexta-feira (11/7).

No texto, o governador classifica a situação do lixão como “derramamento de produtos químicos em ambiente lacustre, fluvial, marinho e aquífero”, que pode causar alterações nas qualidades físicas, químicas e biológicas.

“O desastre especificado por este decreto fica classificado como de Nível II ou de média intensidade”, completa o texto.

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O decreto autoriza a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) a tomar qualquer medida emergencial que vise a mitigação dos efeitos do desastre.

Entre elas, adquirir bens e contratar serviços mediante dispensa de licitação, ou contratar por tempo determinado pessoal para o atendimento de necessidade temporária de excepcional interesse público.

A Semad também está amparada, do ponto de vista legal, para realizar ações de resposta imediata, independentemente de prévio licenciamento ambiental, inclusive suprimir vegetação.

Relembre caso do lixão

Danos

Os danos ambientais causados pela tragédia ainda são incalculáveis. Em entrevista ao Metrópoles, o chefe da Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio Descoberto, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fábio Miranda, comparou o acontecido com o caso do Césio 137.

Segundo ele, pode demorar dezenas de anos até que a contaminação seja revertida. Fábio cita que um dos componentes encontrados no solo é o mercúrio.

“Do ponto de vista ambiental, tem contaminação ali que vai demorar dezenas de anos para ser revertida. No solo, por exemplo, tem diferentes poluentes, é até difícil dizer exatamente quais são”, disse.

Prazos da empresa

A empresa responsável pelo lixão assinou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) e se comprometeu a tomar uma série de medidas dentro de prazos estabelecidos pela secretaria.

Uma dessas ações é a retirada dos cerca de 42 mil metros cúbicos de lixo que caíram sobre o leito do córrego Santa Bárbara. A Ouro Verde tem até o dia 18 de julho para provar que contratou os caminhões para realizar a remoção dos resíduos.

A operação precisa começar até o dia 21 de julho e se encerrar, no máximo, em 15 de agosto.

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