O Conselho de Administração do Carrefour Brasil aprovou, na última sexta-feira (25/7), a contratação de um empréstimo de até R$ 9,8 bilhões com a divisão financeira da matriz francesa do Carrefour – o Carrefour Finance. O objetivo é refinanciar dívidas da empresa brasileira.
O que aconteceu
- De acordo com um comunicado divulgado ao mercado, foram aprovados empréstimos de até R$ 9,05 bilhões entre Carrefour Finance e Carrefour Brasil e de até R$ 750 milhões envolvendo a subsidiária WMS Supermercados do Brasil.
- Em ambos os casos, serão cobrados juros de 15,4% ao ano com um prazo de 36 meses, que é prorrogável.
- Com isso, o Carrefour deve começar os trâmites burocráticos para o resgate de debêntures ou para fazer o pagamento delas.
- Debêntures são títulos de dívida emitidos pelas empresas para a captação de recursos. Debenturistas são os detentores desses títulos.
Refinanciamento da dívida
Na última quinta-feira (24/7), o Carrefour Brasil já havia informado que seu controlador francês tinha intenção de refinanciar o endividamento da unidade e que estava avaliando as melhores alternativas para a operação.
A expectativa do Carrefour é a de que o refinanciamento da dívida gere um impacto positivo de até 100 milhões de euros (cerca de R$ 650 milhões) no fluxo de caixa e no lucro líquido do grupo, anualmente, a partir de 2026.
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Saída da Bolsa
Em abril, os acionistas do Carrefour Brasil aprovaram, por uma maioria de 59% dos votos, a proposta dos controladores franceses de saída da empresa da Bolsa de Valores do Brasil (B3). A deslistagem foi concluída no dia 30 de maio.
O Conselho de Administração aprovou a proposta que previa a incorporação das ações em circulação do Carrefour Brasil por uma nova subsidiária do Carrefour França.
O Carrefour França comprou a fatia restante do capital do Grupo Carrefour Brasil, do qual possui 70% das ações. Os papéis do Carrefour Brasil passaram a fazer parte de uma nova empresa, a MergerSub, totalmente controlada pelo grupo europeu.
Até então, as operações do Carrefour Brasil estavam reunidas em companhia brasileira de capital aberto, listada na B3 e controlada pela multinacional francesa.