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    Caso Nicolly: polícia acha facas, marreta e sangue em casa de suspeito

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    A Polícia Civil realizou, nessa quinta-feira (24/7), uma perícia complementar na casa do ex-namorado de Nicolly Fernanda, adolescente de 15 anos assassinada e esquartejada há uma semana em Hortolândia, no interior de São Paulo. O menor de idade foi apreendido junto com a atual namorada. Os dois são apontados como os executores do crime.

    Durante a perícia, a polícia usou luminol – reagente químico que torna visível as manchas de sengue mesmo após a limpeza do local – e encontrou vestígios de sangue em diversos pontos da residência do jovem.

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    Além disso, foram localizados duas facas de cozinha e uma marreta, instrumentos possivelmente utilizados na prática do crime. Os materiais foram recolhidos e serão submetidos a uma análise pericial.

    5 imagensAdolescente de 15 anos foi encontrada esquartejadaO corpo da adolescente foi encontrado sem os membros inferiores e superioresAdolescente morta passava férias em HortolândiaMãe da adolescente desabafou nas redes sociais e cobrou justiçaFechar modal.1 de 5

    Mãe de adolescente de 15 anos encontrada esquartejada

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    Adolescente de 15 anos foi encontrada esquartejada

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    O corpo da adolescente foi encontrado sem os membros inferiores e superiores

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    Adolescente morta passava férias em Hortolândia

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    Mãe da adolescente desabafou nas redes sociais e cobrou justiça

    Reprodução/ Redes Sociais

    Restos mortais de Nicolly

    • Também nessa quinta-feira (24/7), equipes da Prefeitura de Hortolândia encontraram os restos mortais de Nicolly Fernanda dentro da mesma lagoa em que o corpo da adolescente foi achado, no último dia 17 de julho.
    • Os pedaços humanos foram divididos em dois sacos plásticos pretos. Em um, foram encontrados os braços e, no outro, as pernas de Nicolly.
    • Ainda de acordo com a polícia, os pés estavam calçados com um par de tênis marca All Star, de cor preta e tamanho 35, compatível com os que Nicolly Fernanda usava quando desapareceu. Foi a partir disso e das características físicas e aparentes, que os familiares da vítima conseguiram reconhecer, de forma preliminar e informal.
    • A polícia pediu um exame necroscópico ao Instituto Médico Legal (IML) de Americana.

    Casal apreendido

    O ex-namorado de Nicolly e a namorada dele foram apreendidos na tarde de domingo (20/7), na cidade de Cornélio Procópio, no Paraná. Eles fugiram após matarem a adolescente e foram abrigados pela avó do jovem, que teria ajudado na fuga dos suspeitos.

    Junto com o casal, foram apreendidos dois celulares — que serão analisados ao longo das investigações. A apreensão foi feita pela Delegacia de Polícia de Hortolândia, em parceria com a Polícia Civil do Paraná.

    A investigação aponta que o crime tenha cunho passional. Às autoridades, o casal alegou que agiu em legítima defesa. Segundo o delegado responsável pelo caso, José Regino, as versões do casal não são compatíveis.

    Ainda de acordo com o policial, os dois contaram que mataram a vítima a facadas e depois esquartejaram o corpo.

    Também em depoimento, os adolescentes suspeitos contaram que Nicolly surtou ao ver os dois juntos, visto que não aceitava o fim do relacionamento com um dos menores envolvidos no crime. Essa reação teria motivado as supostas agressões de Nicolly contra o casal — que teriam resultado na morte da adolescente.

    Em entrevista coletiva, o pai da adolescente, Vinícius Marcelus, afirmou que reconheceu o corpo da filha por um colar preto que ela costumava usar.

    O homem também falou que o rosto da adolescente estava com várias marcas, aparentando ter levado “uma paulada na face dela, onde estava bem inchado”.

    Na lona onde o corpo de Nicolly foi encontrado, a polícia também percebeu a presença de pedras usadas para manter o corpo submerso na lagoa, o que indicou para as investigações um esforço na ocultação do cadáver.

    Nicolly foi enterrada na manhã de domingo (20/7), no Cemitério de Mococa, localizado na Praça Princesa Isabel.

    Iniciais do PCC no corpo

    Nas costas de Nicolly, as autoridades policiais encontraram as iniciais da facção do Primeiro Comando da Capital (PCC).

    Ao Metrópoles, o delegado José Regino afirmou que os escritos simulando uma possível relação com a facção criminosa apontam “para uma tentativa deliberada” de disfarçar a motivação real do assassinato da jovem, que é investigado como crime passional.

    Desaparecimento da adolescente

    • Nicolly Fernanda morava em Mococa, no interior de São Paulo, e estava em Hortolândia passando férias na casa do avô.
    • No dia 4 de julho, a adolescente saiu de casa dizendo que iria à casa do namorado, no Jardim Amanda. Essa foi a última vez que a família viu Nicolly com vida.
    • No dia 16, o avô da adolescente foi à delegacia da cidade e registrou boletim de ocorrência do desaparecimento.
    • A polícia entrou em contato com o até então namorado de Nicolly, mas ouviu do rapaz que os dois haviam terminado o relacionamento havia cerca de uma semana e que ele não sabia o paradeiro dela.