Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) aponta que as fraudes nos convênios da Associação Moriá com o Ministério do Esporte bancados com emendas parlamentares podem ter causado um prejuízo de R$ 13,2 millhões aos cofres públicos.
Como mostrou a coluna, a Polícia Federal (PF) e a CGU realizam nesta terça-feira (29/7) uma operação para apurar o desvio de recursos públicos oriundos de emendas parlamentares destinados à realização de eventos de esportes digitais. O caso foi revelado pelo Metrópoles.
Cinco dirigentes da associação e seis empresas subcontratas pela entidades, bem como seus sócios, são alvos de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) na operação Korban.
A apuração começou com uma auditoria da CGU em convênios celebrados pela Associação Moriá e o Ministério do Esporte (MESP) entre 2023 e 2024. A CGU indicou potenciais irregularidades na execução dos convênios para realização de edições dos Jogos Estudantis Digitais (JEDIS) no Distrito Federal e no Espírito Santo.
Associação Moriá, alvo da operação da Polícia Federal
Os auditores apontaram possível direcionamento indevido de subcontratações, conluio entre empresas envolvidas nas terceirizações dos Jedis e a contratação de firmas de fachada.
Embora não sejam alvos da operação, segundo apurou a coluna, foi o senador Izalci Lucas e a então senadora Rose de Freitas que enviaram as emendas que custearam os convênios sob suspeita.
As irregularidades mapeadas, de acordo com a apuração da coluna, resultaram em possíveis sobrepreços nas subcontratações, prejuízos potenciais advindos de cotações prévias inidôneas e danos decorrentes da subcontratação de possíveis empresas de fachada.