Com aroma delicado e tradição no uso medicinal, o chá de marcela (Achyrocline satureioides) tem ganhado espaço entre quem busca alívio para incômodos digestivos, reforço da imunidade e mais tranquilidade nos dias de estresse.
Quando combinado ao própolis, o efeito terapêutico da planta se intensifica, formando uma dupla natural com ação anti-inflamatória, calmante e protetora do sistema imunológico.
Alívio digestivo, sono melhor e menos inflamação
A marcela é rica em flavonoides como quercetina e luteolina, compostos com reconhecida ação anti-inflamatória.
“O própolis, por sua vez, contém compostos fenólicos que potencializam essa ação, ajudando a reduzir processos inflamatórios no organismo e combater o estresse oxidativo celular”, destaca a nutricionista Thays Pomini, especialista em emagrecimento e estética, que atua em São Paulo.
Entre os principais benefícios da bebida estão o apoio ao sistema digestivo e o relaxamento do sistema nervoso central. A infusão é tradicionalmente utilizada para aliviar desconfortos gástricos e proteger a mucosa do estômago. “A marcela ajuda na digestão, enquanto o própolis contribui para o equilíbrio da microbiota intestinal com sua ação antimicrobiana”, explica.
Outro efeito valorizado é a melhora na qualidade do sono. “Estudos apontam que a marcela tem propriedades sedativas leves, o que favorece o relaxamento sem causar dependência ou sonolência excessiva”, acrescenta a nutricionista.
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Além disso, a planta possui propriedades hepatoprotetoras, que atuam na regeneração das células do fígado, um benefício importante para quem quer prevenir problemas com a saúde hepática.
Aliado natural em tempos de gripe
No inverno, quando gripes e resfriados costumam ser mais frequentes, o chá de marcela com própolis pode aliviar os sintomas e fortalecer a imunidade. A nutricionista Nathália Ribeiro Rodrigues, do Rio de Janeiro, destaca que a combinação oferece benefícios reais nos primeiros dias de infecção viral.
“O própolis se destaca pela ação antiviral, antifúngica e imunomoduladora, enquanto a marcela tem efeito calmante sobre as mucosas, o que ajuda a aliviar sintomas como dor de garganta, tosse seca e congestão leve”, afirma.
Ela explica que o uso precoce pode inclusive encurtar a duração do quadro. “Juntos, eles formam uma combinação poderosa, principalmente quando utilizados logo no início dos sintomas”, indica ela.
Benefícios do chá de marcela
- Alivia desconfortos estomacais: ajuda em casos de indigestão, azia e enjoos.
- Reduz gases e cólicas intestinais: possui propriedades carminativas que auxiliam na eliminação de gases.
- Alivia o estresse e a ansiedade: as propriedades calmantes promovem o relaxamento.
- Melhora a qualidade do sono: pode ajudar a combater a insônia, proporcionando um sono mais profundo e reparador.
- Ação anti-inflamatória: ajuda a reduzir inflamações e dores no corpo.
- Alívio de cólicas menstruais: possui propriedades analgésicas e antiespasmódicas que diminuem a dor e a contração dos músculos uterinos.
Como preparar e quando evitar?
Para manter os compostos ativos da planta, o ideal é preparar a bebida por infusão, sem deixar a água ferver em excesso. A recomendação é usar uma colher de chá de flores secas de marcela para uma xícara de água filtrada.
Aqueça a água até o ponto em que começa a formar bolhas, desligue o fogo, adicione a marcela, tampe e deixe descansar por 7 a 10 minutos. Depois que o chá estiver morno, pingue de 10 a 20 gotas de extrato de própolis (de preferência, sem álcool). O ideal é consumir logo após o preparo, ainda morno.
De acordo com Thays, o consumo ideal é de uma a duas xícaras por dia, entre as refeições. “É importante fazer pausas no uso contínuo, para evitar sensibilizações e manter a eficácia dos compostos ativos no organismo”, orienta.
O chá de marcela é conhecido por suas propriedades calmantes e digestivas, sendo usado tradicionalmente para aliviar problemas estomacais e promover o relaxamento
Mesmo sendo uma bebida natural, o chá não é indicado para todos os públicos. Nathália reforça que crianças pequenas, lactantes e gestantes devem evitar o uso sem orientação médica.
“Também não é recomendado para pessoas alérgicas a produtos das abelhas ou em tratamento com medicamentos contínuos, como anticoagulantes. Nesses casos, qualquer intervenção natural precisa ser avaliada com cuidado por um profissional de saúde”, afirma.
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