A chef Rita Lobo, de 50 anos, afirmou, em entrevista ao podcast MenoTalks, que a libido “foi embora” após a chegada da perimenopausa, período de transição para a menopausa.
Em conversa na atração comandada pelas jornalistas Silvia Ruiz e Mariliz Pereira Jorge, a apresentadora afirmou que tem sido criativa para manter a vida sexual “em dia”. “Casamento é isso, tem que ver os dois. Tem que ter empenho e programação, como tudo na vida. Tem que fazer o planejamento, vida sexual é isso…”.
A cozinheira, casada com o jornalista Ilan Know, revelou outros sintomas do período, que costuma abalar bastante a rotina e a autoestima de diversas mulheres. “Estou na perimenopausa, lido com isso sendo disciplinada, não estou com calor nenhum, durmo maravilhosamente bem, mas a menstruação está uma loucura.”
Libido impactada, e agora?
Mas, afinal, dá para “ressuscitar” o tesão nesse momento da vida? A resposta é sim, e há várias maneiras de chegar lá. Uma delas é por meio de reposição hormonal.
A ginecologista Loreta Canivilo, especialista em saúde hormonal feminina, explica que reposição de hormônios é recomendada para aquelas que estão a mais de um ano sem menstruar, no intuito de melhorar a qualidade de vida.
O sexo é um dos pilares para uma vida saudável, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)
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Uma vida sexual ativa e saudável tem impacto direto no bem-estar
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O prazer e o orgasmo liberam hormônios responsáveis pela diminuição do estresse e pela melhora do sono
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É possível manter a sexualidade ativa e saudável até a terceira idade
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No sexo, tudo é liberado desde que com total consentimento de todos os envolvidos e segurança
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“Com a falência da capacidade reprodutiva, ou seja, a ausência da menstruação, essas mulheres acabam tendo sintomas como calores, insônia, perda de ócio e sintoma gênito urinário, dor para relação, dor para fazer xixi. Além disso, ocorre a secura vaginal e a diminuição da libido afetando diretamente a vida sexual”, detalhou a profissional, em entrevista anterior à Pouca Vergonha.
Ansiedade e outros fatores estão relacionados
Também em conversa com a coluna, o endocrinologista Rander Alves, da Clínica Les Peaux, comentou que as mudanças hormonais podem, sim, interferir na vontade de fazer sexo. “É importante reconhecer que nem todas as mulheres com baixa libido se beneficiarão da reposição de testosterona, pois o desejo sexual feminino é influenciado por uma série de fatores”, emendou.
O especialista ressaltou, ainda, que aspectos emocionais, como ansiedade e questões de autoestima, podem impactar diretamente no tesão — seja na menopausa, seja fora dela. Nesses casos, uma reposição hormonal não seria efetiva para fazer com que a rotina sexual da mulher volte a ser a mesma.
Para além de uma possível reposição hormonal, o médico destaca outros métodos como possíveis abordagens terapêuticas de baixa libido. “Começa com uma avaliação médica abrangente para identificar possíveis causas. Em seguida, são consideradas opções como terapia hormonal e sexual, sem contar com a implementação de exercícios físicos regulares e mudanças no estilo de vida. Buscar orientação médica é fundamental.”