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Como Eduardo Bolsonaro pode ficar inelegível se não voltar ao Brasil

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Como Eduardo Bolsonaro pode ficar inelegível se não voltar ao Brasil

A três dias do fim da licença na Câmara dos Deputados, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) corre o risco de se tornar inelegível caso fique sem mandato. A inelegibilidade, porém, estaria relacionada à carreira do filho 03 do ex-presidente como escrivão na Polícia Federal (PF). O parlamentar responde a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) na corporação e outro poderá ser aberto se ele continuar nos Estados Unidos.

O PAD pode resultar em advertência, suspensão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e, nos casos mais graves, demissão. O processo pode ainda ser arquivado, anulado ou prescrito. De acordo com a Lei da Inelegibilidade, quando um PAD termina em demissão, o alvo se torna inelegível por oito anos.

“Os [servidores] que forem demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) anos, contado da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário”, diz a legislação.

Caso Eduardo Bolsonaro fique sem mandato, seria chamado novamente ao trabalho na PF. Se ele não comparecer, um novo PAD poderá ser instaurado para averiguar “abandono do cargo”.

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Dois caminhos podem levar ao fim do mandato do parlamentar: renúncia ou falta de presença a um terço das sessões ordinárias da Câmara dos Deputados em um ano legislativo.

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De acordo com o advogado eleitoral Alberto Rollo, no entanto, o processo para uma eventual inelegibilidade de Eduardo seria longo.

“Mais do que aberto, o processo tem que terminar. Pode demorar seis meses, um ano, isso a gente não sabe. Então, enquanto o processo estiver em andamento, não tem inelegibilidade”, afirma o advogado.

A licença de Eduardo Bolsonaro termina no próximo domingo (20/7). No entanto, parlamentares aliados já entraram com propostas de mudanças no regimento interno da Câmara que podem favorecer o filho “zero três” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Propostas de mudança no regimento

Processo administrativo

Antes de embarcar para os Estados Unidos, Eduardo foi intimado pela PF (veja vídeo abaixo). Ele foi processado por ter xingado o delegado Fábio Schor, que investiga a trama golpista, que seria liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O PAD foi instaurado no dia 31 de dezembro de 2024.

No plenário da Câmara, o deputado comparou o agente com uma cachorra e uma prostituta.

“Fabio Schor, bloqueia meus bens, pede a minha prisão. Eu não sou o fodão, não. Eu vou sofrer. Mas é melhor você ter essa dignidade do que se sujeitar a viver num mundo onde a gente seja obrigado a aplaudir a prisão de mães de família”, disse o parlamentar ao receber a intimação.

A advogada Karina Kufa, que defende Eduardo Bolsonaro, aguarda o “trâmite processual adequado” no PAD respondido por seu cliente.

“Não teve nenhum andamento relevante. Acredito que não julgue até a eleição”, diz ao Metrópoles.

 

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