Nem sempre a pessoa que adotou o gato é a favorita do bichano na casa. Cada felino tem uma forma diferente de se conectar com a família e, por isso, o critério que ele utilizará para escolher o humano que ele mais gosta pode variar. Entretanto, algumas atitudes podem ser decisivas nessa escolha.
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Os gatos são animais de estimação tipicamente desconfiados. Eles demoram a criar vínculos e a confiar 100% em alguém.
Segundo a veterinária Kássia Vieira, a maioria dos gatos observa cuidadosamente o ambiente e as pessoas ao redor, especialmente aqueles que são resgatados da rua, ou mesmo os que são adotados depois de adultos.”Eles precisam de um tempo de adaptação para poder confiar nos seus cuidadores”, descreve.
Por isso, na hora de escolher o humano favorito da casa, os fatores que mais influenciam são:
- Qualidade das interações: indivíduos que proporcionam ao gato experiências positivas, com diferentes tipos de brincadeiras, podem ser selecionados como o “favorito da casa”.
- Respeito ao espaço do animal: os bichanos dão preferência a estar perto de pessoas que não forcem contato e que não os encarem fixamente.
- Previsibilidade da rotina: seres humanos que ofertam uma rotina previsível podem atrair mais os gatos.
- Tranquilidade: os felinos se guiam pelo cheiro, voz e até mesmo emoções demonstradas pelas pessoas, dando preferência a quem fala com o tom de voz mais calmo, com entonações leves. “Eles conseguem reconhecer quem os trata com calma e carinho”, detalha.
Ao escolher o humano favorito da casa, os felinos dão sinais consistentes da escolha final. Entre elas, Vieira destaca que eles podem seguir a pessoa pela casa, dormir perto ou mesmo em cima dela, e até piscar lentamente quando a encara. “São gestos que representam confiança”, adiciona.
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Os felinos ainda podem “amassar pãozinho” com as patinhas na pessoa, hábito que costumam reproduzir para liberar feromônios. O pet pode, também, lamber, dar leves mordidinhas e até trazer pequenos “presentes” caçados pelo gato.
Além disso, o animal de estimação dá sinais como esfregar o rosto ou mesmo a lombar no humano para marcá-lo com o seu cheiro, buscando o colo da pessoa como refúgio ou demonstração de afeto. “São comportamentos que revelam apego ou segurança em relação à pessoa”, finaliza.