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    Como operador de TI abriu caminho para maior ataque hacker do país

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    O hacker João Nazareno Roque, 48 anos, preso nessa quinta-feira (3/7) pela Polícia Civil de São Paulo, era operador de TI da C&M Software, empresa terceirizada de instituições financeiras, o que possibilitou que ele desse a criminosos acesso ao sistema sigiloso do Banco Central. Ele está diretamente envolvido no ataque cibernético que pode ter causado um prejuízo de pelo menos R$ 541 milhões via Pix.

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    Polícia Civil prende o hacker João Nazareno Roque, que desviou bilhões via Pix

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    O ataque aconteceu por meio da invasão aos sistemas da C&M, responsável pela mensageria que interliga instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) – o que engloba o ambiente de liquidação do Pix, sistema de transferências e pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC) em 2020 e amplamente utilizado pelos brasileiros.

    João Nazareno Roque teria confessado que deu acesso aos hackers, pela máquina dele, ao sistema sigiloso do banco. De acordo com a Polícia Civil, no decorrer das investigações, foi possível identificar que Nazareno facilitava “que demais indivíduos realizassem transferências eletrônicas em massa, no importe de R$ 541 milhões para outras instituições financeiras”.

    Veja o momento da prisão do hacker João Nazareno:

    Além da prisão do suspeito pelo ataque hacker, também foi determinado o bloqueio de R$ 270 milhões de uma conta utilizada para “recepcionar os valores milionários desviados”.

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    A Polícia Civil de São Paulo segue as investigações para identificar e prender outros suspeitos de envolvimento no crime. Há ainda um outro inquérito sobre o caso, instaurado pela Polícia Federal (PF).

    O Banco Central, por sua vez, determinou o desligamento das conexões da C&M com instituições afetadas, como medida preventiva. A BMP informou que o ataque atingiu apenas recursos de sua conta reserva no BC e que nenhum cliente foi prejudicado.