Uma construtora aterrou bacias de detenção do sistema de drenagem da água das chuvas, em Ceilândia (DF), com objetivo de erguer um complexo residencial na região.
As bacias de detenção foram criadas há 21 anos, durante o governo de Joaquim Roriz, para impedir enchentes e destruição causadas pela força da água das chuvas na cidade. Conhecidos como “piscinões”, esses espaços armazenam a água de forma temporária e a libera aos poucos após as tempestades na região, que sofre com alagamentos históricos.
Veja como estavam as bacias de detenção cheias em 2008 e como estavam em março de 2025, já no processo de aterramento:
Três das cinco bacias estão em processo de aterramento pela Direcional Engenharia para viabilizar um residencial com 25 torres e 592 apartamentos. O condomínio terá área de lazer com churrasqueiras, piscina, quadras de esporte, salões de festas, além de 508 vagas para estacionamento. O terreno tem 29,7 mil metros quadrados.
Imagens feitas pelo Metrópoles captaram o momento em que tratores trabalham a todo vapor para colocar terra nas bacias de detenção do sistema de drenagem da região de Ceilândia. Veja:
Construtora aterra bacias do sistema de drenagem em Ceilândia
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto2 de 11
Construtora aterra bacias do sistema de drenagem em Ceilândia
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O que diz o GDF e a empresa
A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) afirmou que a remoção das bacias de detenção não representa “qualquer prejuízo à administração pública ou ao funcionamento da captação das águas pluviais”.
“Adicionalmente, a Novacap esclarece que estão em desenvolvimento outros projetos voltados à melhoria do sistema de drenagem pluvial na Região Administrativa de Ceilândia, com o objetivo de ampliar a capacidade de escoamento e garantir maior eficiência na prevenção de alagamentos”, declarou.
Responsável pela obra, a Direcional Engenharia declarou que a construção “conta com todas as autorizações necessárias de todos os órgãos envolvidos e que o projeto de aterramento foi precedido por um estudo técnico da região de Ceilândia, incluindo a análise da drenagem da área”.
“A companhia ressalta que não se trata de um aterramento total, pois parte das bacias continuará em funcionamento e a empresa está realizando limpeza preventiva das estruturas existentes. Importante reforçar que as bacias que passarão por aterramento estão em área particular”, declarou.
Procurada, a Brasília Ambiental (Ibram) não se pronunciou sobre o caso.