O Departamento de Justiça dos Estados Unidos afirmou que a Coreia do Norte criou um esquema internacional, cujo objetivo seria financiar o governo e o programa de armas do país liderado por Kim Jong-un, através de profissionais de tecnologia da informação (TI).
De acordo com a investigação, cidadãos norte-coreanos conseguiram empregos remotos em mais de 100 grandes empresas de tecnologia nos EUA, utilizando identidades fraudulentas.
Dentro das companhias, que acreditavam estar empregando residentes do território norte-americano, eles não só obtinham acesso a informações confidenciais, como também transferiam seus salários para contas ligadas ao regime de Kim Jong-un.
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Em uma das operações, autoridades norte-americanas afirmam que quatro cidadãos da Coreia do Norte, identificados como Kim Kwang Jin, Kang Tae Bok, Jong Pong Ju e Chang Nam Il, roubaram mais de US$ 900 mil em criptomoedas de empresas dos EUA.
Acusações
Os homens, que teriam utilizado identidades falsas para serem empregados, foram acusados de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro, mas seguem em liberdade.
Ao todo, o Departamento de Justiça dos EUA informou que a operação contou com buscas em 16 estados do país e resultou na apreensão de 29 contas bancárias ligadas ao esquema, além do encerramento de 21 sites que vinham sendo utilizados pelos acusados.
Cidadãos dos Estados Unidos, China, Emirados Árabes Unidos e Taiwan teriam auxiliado os norte-coreanos no esquema, e também foram alvos de acusações. Eles teriam atuado na facilitação do acesso remoto dos profissionais de TI aos laptops das empresas dos EUA, na criação de empresas e sites fantasmas, e na obtenção de documentos falsos.
Apesar da megaoperação, apenas um homem foi preso. Identificado como Zhenxing Danny Wang, o cidadão norte-americano de Nova Jersey foi acusado de facilitar o esquema ligado ao governo da Coreia do Norte.