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CPMI do INSS: líder da oposição diz que “ninguém será poupado”

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CPMI do INSS: líder da oposição diz que “ninguém será poupado”

Líder da oposição no Congresso Nacional e designado como membro titular da CPMI do INSS, o senador Izalci Lucas (PL-DF) declarou à coluna que a comissão atuará para responsabilizar todos os envolvidos em desvios de recursos previdenciários, “independentemente do partido e ideologia”. A comissão foi instalada para apurar fraudes bilionárias relacionadas a aposentadorias, pensões e outros benefícios pagos pela Previdência Social.

“Não é porque é da direita que vamos passar a mão na cabeça. Todos os culpados, independentemente do partido ou da situação, terão que pagar por isso”, afirmou o parlamentar ao ser questionado sobre a possibilidade de aliados políticos serem implicados em atos ocorridos antes de 2023.

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“Vamos buscar os culpados e tentar reaver tudo isso para botar essa turma na cadeia, pois é inadmissível essa roubalheira toda com aposentados e pensionistas.”

O senador disse que, ao relatar a MP 871/2019 — que buscou endurecer regras para a concessão de aposentadorias e combater fraudes no INSS —, identificou que os problemas previdenciários também se estendiam ao pagamento do seguro-defeso. “Aqui em Brasília mesmo tinha mais pescadores do que caberiam em torno do lago [Paranoá].”

Críticas à composição da CPMI

Izalci também criticou a composição da comissão. O parlamentar demonstrou preocupação com a possibilidade de a base do governo formar maioria na CPMI, o que, segundo ele, poderia comprometer a independência das apurações. O senador Omar Aziz (PSD-AM), aliado do Palácio do Planalto, foi indicado para a presidência da comissão.

Izalci, no entanto disse acreditar que Aziz permitirá o andamento das investigações. “O Omar vai querer apurar os detalhes disso, acho que não colocará nenhum empecilho nisso”, disse.

O parlamentar defendeu ainda que o relator da comissão seja indicado pela minoria, como forma de garantir equilíbrio nos trabalhos. “A CPMI é um instrumento da minoria e, portanto, deveria ser comandada por ela”, argumentou.

Os trabalhos do colegiado terão início em agosto, após o recesso parlamentar.

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