A deputada norte-americana María Elvira Salazar, do Partido Republicano, criticou o STF e o ministro Alexandre de Moraes. Em publicação nas redes sociais, a parlamentar afirmou que “o que está acontecendo no Brasil é uma vergonha” e acusou Moraes de atuar politicamente contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Os socialistas radicais e juízes ativistas como Alexandre de Moraes estão usando os tribunais como arma para silenciar Jair Bolsonaro, porque têm medo da vontade do povo”, escreveu. Para ela, trata-se de um “ataque político tirado diretamente do manual socialista”. A deputada concluiu sua manifestação com a frase: “Tirem as mãos de Bolsonaro!”.
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María Elvira Salazar e Eduardo Bolsonaro
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Jair Bolsonaro e Donald Trump
Chris Kleponis-Pool/Getty Images3 de 3
Presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes (STF)
Igo Estrela / Metrópoles
Salazar é coautora do projeto de lei “No Censors on Our Shores Act”, apresentado no Congresso dos Estados Unidos em fevereiro de 2025. A proposta prevê sanções contra autoridades estrangeiras que, segundo o texto, atuem para suprimir a liberdade de expressão em seus países. Embora Moraes não seja citado no texto do projeto, ele tem sido mencionado em declarações públicas dos autores da proposta como alvo potencial da medida.
A parlamentar norte-americana é uma das principais aliadas de Eduardo Bolsonaro no Congresso dos EUA. Ao lado de outros republicanos, tem criticado decisões do STF brasileiro e buscado internacionalizar a pauta.
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A manifestação de Salazar ocorreu após declarações do ex-presidente Donald Trump, que também saiu em defesa de Jair Bolsonaro. Na terça-feira (7/7), Trump classificou o ex-mandatário brasileiro como “um grande líder” e disse que ele estava sendo perseguido.
Alexandre de Moraes é relator de investigações no STF que miram Bolsonaro e aliados por suposta tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições de 2022. O ex-presidente teve os direitos políticos suspensos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por oito anos e é investigado em outras frentes no Supremo.