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    Deputado expulso do PL pode perder lugar na Mesa Diretora. Entenda

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    Expulso do Partido Liberal (PL) nesta quinta-feira (31/7), o deputado federal Antonio Carlos Rodrigues (SP) pode perder o cargo de suplente na mesa diretora do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Rodrigues foi expulso da legenda depois de defender o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que foi sancionado pelos Estados Unidos.

    O deputado federal paulista é suplente da 4ª Secretaria da Mesa Diretora. Segundo o regimento interno, se algum integrante trocar de partido, perderá automaticamente o cargo ocupado. A vaga precisará passar por novas eleições para ser preenchida.

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    Rodrigues, no entanto, pode manter o cargo se optar ficar sem partido, mas isso implicaria perder acesso ao fundo partidário e outros benefícios que se tornam ainda mais importantes caso queira buscar a reeleição em 2026.

    Antonio Carlos Rodrigues foi expulso do PL pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, depois de o parlamentar sair em defesa de Moraes e criticar a decisão do governo de Donald Trump. Em entrevista ao Metrópoles, ele disse que a aplicação da lei Magnitsky contra o magistrado é “o maior absurdo que já vi na minha vida política”.

    “É o maior absurdo que já vi na minha vida política. O Alexandre é um dos maiores juristas do país, extremamente competente. Trump tem que cuidar dos Estados Unidos. Não se meter com o Brasil como está se metendo”, declarou o parlamentar.

    Em nota, Valdemar Costa Neto disse que recebeu forte pressão da bancada do PL, cujos integrantes consideraram que “atacar Trump é uma ignorância sem tamanho”.

    “Trump é o presidente do país mais forte do mundo. O que precisamos é de diplomacia e de diálogo, não de populismo barato, que só atrapalha o desenvolvimento da nossa nação”, disse a nota.

    As sanções de Trump ao Brasil têm o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como um dos principais articuladores. O filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se mudou para os EUA em março em busca de represálias contra o ministro por “censura” e “perseguição” contra bolsonaristas.