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    DJ viraliza com relato após coma e revela experiência “fora do corpo”

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    Julio EleMesmo, DJ e jornalista carioca conhecido como Crocante, chamou atenção nas redes sociais nesta sexta-feira (4/7) ao compartilhar um relato comovente sobre o período em que ficou internado em estado grave. Ele contraiu uma superbactéria após uma cirurgia ortognática e passou 75 dias hospitalizado.

    O texto surgiu após ele assistir a uma reportagem sobre Alpha Kabeja, jovem de Uganda que, após acordar de um coma, afirmou lembrar de uma vida completamente diferente, com emprego no serviço secreto britânico, jato particular e uma namorada grávida de gêmeos.

    “Talvez eu tenha vivido o mesmo que ele. Talvez fosse só a quantidade de morfina nas veias. Talvez eu ainda estivesse sob efeito da quantidade de álcool que ingeri ao longo da última década. Não sei precisar. Mas está aí o relato”, escreveu.

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    Julio contou que chegou a um ponto extremo de sofrimento e pediu à esposa, a jornalista Maíra Gama, que se despedisse. “Chegou um ponto de tamanho sofrimento, que eu pedi para Maíra se despedir de mim e me deixar morrer”, disse.

    No dia seguinte, teve um dos pés amputado. A partir dali, segundo ele, o corpo reagiu. A dor persistia, mas a pior fase havia passado: “Eu encerrava a minha tentativa de sobreviver para começar uma jornada de reabilitação. E os pesadelos e essas experiências ‘extracorpóreas’ se encerraram”.

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    Durante o coma, Julio afirma ter vivenciado uma espécie de existência paralela. Ele se via na pele de um homem negro, alto, de classe média, casado com uma mulher loira de cabelo curto e funcionário de um escritório com uma grande janela de vidro. Ele afirma lembrar até dos almoços em ruas semelhantes à Avenida Paulista.

    “Chegou em um ponto que eu preferiria estar na cabeça dele, já que lá eu não estava preso em um quarto”, desabafou. Acho que em algum momento eu me sentia com a capacidade de alternar para o meu corpo no hospital e para o corpo dele”, afirmou o DJ.

    Julio finalizou o relato sem tentar dar respostas definitivas: “Não sei se era delírio, droga, espírito ou morfina. Mas se eu não escrevesse isso, sentia que ia explodir.”

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