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    Doença comum na infância causa febre e preocupa mães e pais

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    Durante as diferentes fases da infância, é comum que as crianças sejam afetadas por algumas condições médicas que podem assustar os pais. A depender dos sintomas, a doença pode alarmar e, por isso, conhecê-las pode ajudar no processo. Entre elas, está a febre aftosa, popularmente conhecida como mão-pé-boca.

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    A infecção viral é ocasionada pelo enterovírus. Segundo a pediatra Danielle Negri, o Coxsackievirus A16 e o enterovírus 71 são os causadores da febre, uma condição benigna, autolimitada e caracterizada por lesões ulcerativas na mucosa oral – cuja a aparência se assemelha a aftas comuns –, e que pode atingir as mãos e os pés.

    Lugares como creches e escolas, onde há uma concentração maior de crianças, costumam ser os ambientes nos quais a condição é recorrentemente transmitida.

    Sintomas da febre aftosa

    Negri descreve que há sintomas que antecedem o aparecimento das lesões ulcerativas na boca, que vão desde febre baixa a moderada a dores de garganta, irritabilidade e diminuição do apetite. Os exantemas (manchas ou bolhas) afetam também as palma das mãos, solas dos pés, nádegas e até mesmo a região genital da criança. “Em alguns casos, há também sintomas gastrointestinais leves, como diarreia”, adiciona.

    Ela é mais recorrente em pequenos de até 5 anos. A pediatra explica que isso acontece devido à imaturidade do sistema imunológico, além de hábitos de higiene, que estão em processo de desenvolvimento.

    Apesar de também infectar adultos, eles normalmente apresentam sintomas mais leves ou até mesmo quadros assintomáticos da doença.

    Quando a febre aftosa se torna perigosa?

    Normalmente, a criança apresenta melhoras após sete a 1o após a apresentação dos primeiros sintomas. Entretanto, a pediatra descreve que, em raras ocasiões, podem haver complicações neurológicas graves, como meningite asséptica, encefalite ou miocardite.

    Os principais sinais que os pais devem se manter em alerta são sonolência excessiva, vômitos persistentes, convulsões e febres que se prolongam excessivamente. É recomendado uma avaliação médica imediata.

    Tratando a condição

    A pediatra elucida que não há um tratamento específico para a febre aftosa humana e, por isso, o manejo é sintomático. É preciso fazer o uso de medicação e manter a criança hidratada, uma vez que as dores podem levá-la a recusar alimento. “A higienização das mãos e objetos pessoais é essencial para prevenir a propagação do vírus”, encerra.