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    Dólar abre em alta com foco em relatório de emprego nos Estados Unidos

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    O dólar operava em alta nesta quinta-feira (3/7), em um dia no qual os investidores concentram suas atenções no cenário internacional, com a divulgação dos dados oficiais de emprego nos Estados Unidos, a maior economia do mundo.

    Dólar

    • Às 9h08, a moeda norte-americana avançava 0,17% e era negociada a R$ 5,43.
    • Na véspera, o dólar fechou em queda de 0,74%, cotado a R$ 5,421.
    • Foi o menor valor da moeda desde 19 de agosto de 2024 – ou seja, em quase 11 meses –, quando chegou a R$ 5,411.
    • Com o resultado, o dólar acumula perdas de 0,24% no mês e de 12,28% no ano.

    Ibovespa

    • As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), começam às 10 horas.
    • No dia anterior, o indicador fechou o pregão em baixa de 0,36%, aos 139 mil pontos.
    • Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula alta de 0,14% em julho e de 15,6% em 2025.

    “Payroll” nos EUA

    O principal destaque do dia é a divulgação do chamado “payroll”, um indicador econômico mensal dos EUA que indica a evolução do emprego no país fora do setor agrícola.

    O relatório, divulgado pelo Bureau of Labor Statistics (BLS), é considerado determinante para as avaliações sobre o desempenho da economia norte-americana.

    De acordo com a média das estimativas do mercado, a maior economia do mundo deve registrar a criação de 111 mil novas vagas de emprego fora do setor agrícola em junho. Em maio, foram 139 mil.

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    A força do mercado de trabalho nos EUA é um dos componentes considerados pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) para definir a taxa de juros e esfriar a demanda na economia para combater a inflação.

    Analistas temem que uma possível aceleração do mercado de trabalho nos EUA leve a um novo aperto da política monetária pelo Fed. Nesse sentido, a criação de vagas acima das expectativas pode ser interpretada como uma notícia negativa.

    Atualmente, a taxa de juros nos EUA está no intervalo entre 4,25% e 4,5% ao ano – o percentual foi mantido inalterado na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed.

    A taxa de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação.

    O Índice de Preços ao Consumidor nos EUA (CPI, na sigla em inglês), que mede a inflação no país, ficou em 2,4% em maio, na base anual, uma leve alta em relação aos 2,3% registrados em abril. Na comparação mensal, o índice foi de 0,1%, ante 0,2% em abril.

    Nos últimos dias, diretores do Fed indicaram que o BC norte-americano poderia avaliar o início do ciclo de queda dos juros já a partir da próxima reunião do Fomc, marcada para os dias 29 e 30 de julho. Falando na Câmara dos Deputados e no Senado dos EUA, o presidente do Fed, Jerome Powell, adotou um discurso bem mais comedido.