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    Dólar cai e Bolsa sobe com alívio global, sem solavancos do tarifaço

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    Os mercados de câmbio e ações voltaram a apresentar um desempenho positivo nesta segunda-feira (21/7) no Brasil, revertendo os resultados do último pregão da semana passada. O dólar registrou queda de 0,41% em relação ao real, cotado a R$ 5,56. Já o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), fechou em alta de 0,59%, aos 134.166 pontos.

    Na sexta-feira (18/7), os números foram em direções opostas. O dólar subiu 0,73%, a R$ 5,58, e o Ibovespa anotou uma queda severa de 1,62%, aos 133.364 pontos.

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    Nesta segunda-feira, o mercado seguiu atento aos desdobramentos do tarifaço de 50%, imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra produtos importados pelo Brasil. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse em entrevista que o governo brasileiro “não vai sair da mesa de negociação” com os EUA.

    Câmbio global

    No caso do câmbio, o real aproveitou nesta segunda-feira um movimento de queda global da moeda americana. Às 16 horas, o índice DXY, que mede o dólar frente a uma cesta de seis divisas de países desenvolvidos, caía 0,62%. Ele também recuava em relação ao peso mexicano (-0,34%), outra referência entre economias emergentes.

    O Ibovespa foi puxado pela valorização das ações da Vale, que subiam 2,86% às 16h30, e têm grande peso no índice da B3. Os papéis da mineradora reagiram positivamente à alta do preço do minério de ferro, que avançou 2,08% no mercado futuro na Bolsa de Dalian, na China.

    Nova hidrelétrica chinesa

    A elevação foi resultado do anúncio feito pelo governo chinês do início da construção de uma obra de infraestrutura. No caso, trata-se da maior represa hidrelétrica do mundo, avaliada em US$ 170 bilhões, na região leste do Planalto do Tibete.

    Esse é o projeto mais ambicioso de uma hidrelétrica de Pequim desde a construção da usina de Três Gargantas, na bacia do rio Yangtzé. O empreendimento foi iniciado em 1992 e, em 2009, operava com 26 turbinas instaladas.

    Destaques do Ibovespa

    Na avaliação da Ativa Investimentos, outro destaque positivo do Ibovespa foi a ação do Fleury, que chegou a subir 15%, depois da notícia de uma eventual união com a Rede D’Or. A CSN Mineração avançou quase 5%, também com alta do minério de ferro.

    Os destaques negativos, indica a Ativa, foram o Grupo Pão de Açúcar, cujos papéis chegaram a recuar 8,29%, seguidas por CVC (CVCB3), com baixa de 4,18%, e Magazine Luiza (MGLU3), que caia 3,05% no meio da tarde. O GPA perdeu valor depois de uma proposta de retirada da cláusula de “poison pill (ou “pílula do veneno”) do estatuto. “Poison pill” é uma estratégia de defesa usada por empresas para evitar aquisições hostis, ou seja, tomadas de controle não desejadas por outros investidores.