Os mercados de câmbio e ações atingiram marcas surpreendentes nesta quinta-feira (3/7) no Brasil. O dólar registrou queda de 0,29% em relação ao real, cotado a R$ 5,40, recuando ao menor patamar desde 11 junho de 2024, ou seja, há mais de 1 ano, quando ficou em R$ 5,36. Já o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), fechou em alta de 1,35%, aos 140.927 pontos, o maior nível da história – o recorde anterior era de 140.110 pontos, de 20 de maio de 2025.
O resultado positivo dos mercados, principalmente no caso das ações, também atingiu índices das bolsas de Nova York. No pregão desta quinta, o S&P fechou em alta de 0,83%; o Dow Jones, de 0,77%; e o Nasdaq, que concentra papéis de empresas do setor de tecnologia, subiu 1.02%. Detalhe: o S&P e o Nasdaq também quebraram recordes.
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O gatilho para esses avanços, observam analistas, foi dado pelo bom desempenho do mercado de trabalho americano. De acordo com dados do Escritório de Estatísticas do Trabalho (BLS, na sigla em inglês), divulgados nesta quinta-feira, os Estados Unidos criaram 147 mil vagas de emprego em junho. O número ficou bem acima das expectativas do mercado, que previa 110 mil vagas.
Na avaliação de Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, a demonstração de força da geração de empregos nos EUA “traz uma expectativa de continuidade do crescimento robusto da economia americana”. “Isso estimula maiores fluxos de capital para o país, após um período de receio de desaceleração econômica, ou mesmo, de recessão”, diz. “Agora, esse sentimento foi substituído pela impressão de que a perda de ritmo não trará choques mais fortes.”
A economista observa que o “alívio” provocado pelos dados do mercado de trabalho estimulou a tomada de riscos globalmente. “Isso beneficiou o Ibovespa, que também renovou a máxima histórica, e o real no pregão desta quinta-feira”, afirma.