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É saudável? Trump propõe trocar xarope de milho por açúcar em refris

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É saudável? Trump propõe trocar xarope de milho por açúcar em refris

Eles adoçam alimentos, bebidas e, em excesso, também adoecem o corpo. O xarope de milho com alto teor de frutose e o açúcar de cana estão entre os ingredientes mais usados pela indústria alimentícia — e mais discutidos quando o assunto é saúde pública.

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A comparação entre os dois voltou aos holofotes após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que teria convencido a Coca-Cola a trocar o xarope de milho por açúcar de cana na fórmula do refrigerante vendido no país. A medida, segundo ele, faria parte da campanha Make America Healthy Again, voltada à retirada de ingredientes considerados prejudiciais na alimentação dos norte-americanos.

Mas, afinal, qual dos dois é mais nocivo à saúde?

Tanto o xarope de milho quanto o açúcar de cana são açúcares simples — e o consumo excessivo de qualquer um deles está relacionado a doenças como obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e acúmulo de gordura no fígado. No entanto, o modo como cada um é metabolizado pelo organismo levanta preocupações diferentes.

O xarope de milho com alto teor de frutose, usado amplamente nos Estados Unidos, é apontado por estudos como mais problemático, por conter uma proporção elevada de frutose livre, que é absorvida rapidamente pelo fígado. Isso pode levar ao aumento da resistência à insulina e ao acúmulo de gordura hepática, mesmo em pessoas que não apresentam sobrepeso.

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Já o açúcar de cana — predominante no Brasil — é uma combinação de glicose e frutose em proporções mais equilibradas. Longe de ser inofensivo, mas tende a gerar respostas metabólicas menos agressivas no organismo.

Substituir resolve?

Trocar um pelo outro não torna o alimento saudável. Porém, a mudança pode representar uma pequena redução no impacto negativo, especialmente quando se trata de consumo frequente, como é o caso de refrigerantes.

A alteração, se confirmada por empresas como a Coca-Cola, teria valor simbólico e prático, ao sinalizar que há uma pressão crescente para que a indústria repense suas fórmulas — o que pode, a longo prazo, estimular melhorias no perfil nutricional dos alimentos ultraprocessados.

A recomendação permanece a mesma

Independentemente do tipo de açúcar, a moderação continua sendo a principal aliada da saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a ingestão de açúcares livres represente menos de 10% do total de calorias diárias — o que equivale a cerca de 50 gramas por dia para um adulto saudável.

E, na prática, quanto menos, melhor. Reduzir o consumo de produtos ultraprocessados, refrigerantes e alimentos com alto teor de açúcar — seja de milho ou de cana — continua sendo uma das formas mais eficazes de prevenir doenças crônicas e promover qualidade de vida.

(*) Juliana Andrade é nutricionista formada pela UnB e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Escreve sobre alimentação, saúde e estilo de vida

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