O dólar operava em alta nesta sexta-feira (4/7), em uma sessão mais esvaziada e de menor liquidez no mercado financeiro em função do feriado pela Independência dos Estados Unidos.
No último pregão desta semana, os investidores repercutem a aprovação do projeto fiscal apresentado pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump, pela Câmara dos Representantes.
O texto, uma das principais bandeiras do segundo mandato de Trump, já havia passado no Senado e agora segue para sanção do presidente dos EUA.
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Dólar
- Às 10h05, a moeda norte-americana avançava 0,17% e era negociada a R$ 5,415.
- Na véspera, o dólar recuou 0,29%, cotado a R$ 5,405. Foi o menor valor desde 11 de junho de 2004 – ou seja, há mais de 1 ano.
- Com o resultado, a moeda dos EUA acumula queda de 0,53% em julho e de 12,54% em 2025 frente ao real.
Ibovespa
- As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), começam às 10 horas.
- No dia anterior, o indicador encerrou o pregão com ganhos de 1,35%, aos 140,9 mil pontos.
- Foi o maior nível de fechamento da história – o recorde anterior era de 140.110 pontos, de 20 de maio de 2025. Durante o pregão, o Ibovespa também bateu seu recorde intradiário, superando os 141 mil pontos.
- Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula alta de 1,49% no mês e de 17,16% no ano.
Vitória de Trump no Congresso dos EUA
O megaprojeto orçamentário de Trump foi aprovado na Câmara dos Deputados dos EUA e agora segue para sanção do presidente norte-americano.
Depois de passar no Senado, a proposta recebeu 218 votos favoráveis contra 214 na Câmara. Dois deputados republicanos, do mesmo partido de Trump, votaram contra o pacote.
Chamado de “One Big Beautiful Bill” (“Um grande e lindo projeto”, em tradução livre), a lei orçamentária prevê cortes em alguns impostos norte-americanos e de recursos para programas sociais, ao mesmo tempo em que amplia os gastos em áreas como defesa e controle de fronteiras.
A votação da proposta chegou a ser adiada por algumas horas, após o deputado democrata Hakeem Jeffries discursar por quase 8 horas durante as discussões na Câmara.
O pacote de medidas é alvo de críticas não só da oposição, como também de Elon Musk, ex-aliado de Trump. O dono da Tesla, do X e da SpaceX classificou a medida como uma “abominação repugnante”, e acusou o presidente dos EUA de levar o país rumo à falência.
De acordo com estudos do Orçamento do Congresso dos EUA, a dívida pública norte-americana deve aumentar em US$ 3,3 trilhões como consequência do projeto.