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    Europa critica tarifaço de Trump e não descarta retaliação

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    A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou, neste sábado (12/7), que continuará buscando um acordo com os Estados Unidos (EUA), após o anúncio da imposição de tarifas de 30% sobre produtos do bloco. Apesar da abertura para o diálogo, von der Leyen também criticou a medida dos EUA e deixou a porta aberta para contramedidas proporcionais.

    Em publicação no X, von der Leyen disse que o tarifaço “prejudicaria empresas, consumidores e pacientes em ambos os lados do Atlântico”. “Continuaremos trabalhando para chegar a um acordo até 1º de agosto”, declarou ela.

    Ela também reforçou que a União Europeia está preparada para proteger seus interesses e, caso seja necessário, adotará “contramedidas proporcionais” contra os Estados Unidos.

    Trump impõe tarifas contra UE e México

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, na manhã deste sábado, a imposição de tarifas de 30% sobre exportações do México e da União Europeia para o país. As medidas passam a valer em 1º de agosto.

    A decisão faz parte de uma ofensiva protecionista do republicano contra parceiros comerciais, sob a alegação de tentar corrigir supostos desequilíbrios comerciais que estaria, ainda segundo ele, prejudicando a economia dos EUA.

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    O teor das cartas foi divulgado na Truth Social, rede social do presidente norte-americano. Assim como nos últimos comunicados oficiais, Trump adotou um tom mais político e não focou em dar explicações no campo econômico.

    Tarifaço de Trump

    Desde segunda-feira (7/7), Trump tem notificado oficialmente os países sobre a implementação de tarifas unilaterais na importação de produtos e bens. Com as cartas para México e UE, 24 parceiros foram taxados.

    O Brasil foi o maior prejudicado pela sanção comercial de Trump, com uma tarifa de 50%. O governo federal defendeu a soberania nacional e se mostrou aberto para negociar com os norte-americanos.

    Confira a lista dos afetados pelo tarifaço:

    1. Brasil: 50%
    2. Laos: 40%
    3. Myanmar: 40%
    4. Camboja: 36%
    5. Tailândia: 36%
    6. Bangladesh: 35%
    7. Sérvia: 35%
    8. Indonésia: 32%
    9. África do Sul: 30%
    10. Argélia: 30%
    11. Bósnia e Herzegovina: 30%
    12. Iraque: 30%
    13. Líbia: 30%
    14. México: 30%
    15. União Europeia: 30%
    16. Sri Lanka: 30%
    17. Brunei: 25%
    18. Cazaquistão: 25%
    19. Coreia do Sul: 25%
    20. Japão: 25%
    21. Malásia: 25%
    22. Moldávia: 25%
    23. Tunísia: 25%
    24. Filipinas: 20%

    *Todas as tarifas entram em vigor a partir de 1º de agosto.