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Ex-diretor acusado de transferir presos em troca de sexo é absolvido

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Ex-diretor acusado de transferir presos em troca de sexo é absolvido

A condenação por improbidade administrativa de José Antonio Rodrigues Filho, ex-diretor do Centro de Ressocialização de Araçatuba, no interior de São Paulo, envolvido em um esquema de transferência de detentos em troca de favores sexuais foi anulada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

O então diretor usava o cargo para intermediar a ida de presos à unidade prisional em troca de relações íntimas com advogadas e familiares dos detentos, de acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP).

A decisão unânime tomada pela 13ª Câmara de Direito Público do TJSP no último dia 2 de julho segue o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou aplicar a nova lei mais branda a casos semelhantes ainda sem condenação final.

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O desembargador Spoladore Dominguez avaliou que, depois a mudança da Lei de Improbidade Administrativa, alterada em 2021, as condutas imputadas ao réu deixaram de ser consideradas como improbidade pela legislação.

“Não se pode fechar os olhos ao entendimento que está sendo sedimentado nas Cortes Superiores, a respeito de não ser possível a continuidade de uma ação de improbidade com base em conduta que não é mais tipificada pela lei como tal”, escreveu o desembargador na decisão.

José Antônio Rodrigues Filho havia sido condenado em 2023 à perda do cargo público, suspensão dos direitos políticos por seis anos e pagamento de multa.

O que aconteceu

Ele foi preso em abril de 2018 durante a operação Fura-Fila, acusado de receber, além de dinheiro, favores sexuais de presos para transferi-los de outras unidades ao Centro de Ressocialização da cidade, considerado referência no Estado.

A decisão do TJSP se trata apenas da ação de condenação na esfera cível. O ex-diretor do Centro de Ressocialização de Araçatuba também tem condenação na esfera criminal.

O Ministério Público ainda pode recorrer da decisão.

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