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    Flávio Bolsonaro rebate Mourão por fala sobre Trump: “Errou”

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    Flávio Bolsonaro rebateu uma declaração do ex-vice-presidente Hamilton Mourão, hoje senador, sobre a pressão de Donald Trump para interferir no julgamento de Jair Bolsonaro no Brasil. Para Flávio, o general “errou” ao se posicionar contra a iniciativa do presidente dos Estados Unidos.

    “O Mourão vota tudo com a gente [a oposição] aqui no Congresso. É uma pessoa esclarecida. Eu acho que ele errou nessa declaração, porque claramente não há mais um remédio constitucional saudável aqui no Brasil para cessar a violação de direitos humanos”, disse Flávio Bolsonaro.

    No dia 15, durante audiência da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado para discutir a tarifa de 50% anunciada por Trump sobre produtos brasileiros, Mourão disse “não aceitar” que o presidente norte-americano “venha meter o bedelho” em questões internas do Brasil.

    “Da mesma forma que eu não aceito que o Macron [Emmanuel, presidente da França], que a Greta Thunberg [ambientalista sueca], que o Leonardo DiCaprio [ator] e outros venham meter a mão em coisas aqui do Brasil, eu também não aceito que o Trump venha meter o bedelho num caso que é interno nosso”, reclamou Mourão.

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    “Providência divina”

    Em resposta ao senador e ex-vice-presidente, Flávio Bolsonaro afirmou que, durante a Operação Lava Jato, que levou Lula à prisão, Cristiano Zanin, então advogado do presidente e hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), “também procurou entidades internacionais para defender seu cliente”.

    “O Mourão sabe disso também. A questão do nosso patriotismo não é estar a favor ou contra uma intervenção que venha de fora. É ter a capacidade de entender que o Brasil está indo a passos largos para se transformar de verdade numa Venezuela. Aí acabou o patriotismo, amigo. Acabou a nossa identidade como brasileiros. Aí acabou a liberdade de expressão, acabou o mandato, pode fechar o Congresso, pode acabar com tudo. Então, o que é ser patriota de verdade?”, questionou o senador do PL.

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    Flávio Bolsonaro também classificou como “providência divina” o interesse de Donald Trump em interferir nas decisões tomadas pelo ministro Alexandre de Moraes. “A gente tem que agradecer que temos uma luz no fim do túnel. E, já que não tivemos a capacidade de fazer por meios próprios, está havendo agora essa providência divina do Trump olhar pra cá e querer ajudar o Brasil”, afirmou.