A polícia invadiu a sede do partido de extrema direita francês Rally Nacional nesta quarta-feira (9/7), em uma operação para investigar supostas fraudes, empréstimos ilegais e documentos falsificados relacionados às eleições presidenciais e legislativas de 2022 e nas eleições parlamentares europeias de 2024. O partido é liderado pela extremista francesa Marine Le Pen (foto em destaque).
O presidente do Rally Nacional, Jordan Bardella, escreveu no X que policiais armados usando coletes à prova de balas, acompanhados por dois juízes, entraram nos escritórios de Paris e apreenderam e-mails, documentos e registros contábeis.
Ele chamou a operação de uma “operação espetacular e sem precedentes” que era “claramente parte de uma nova campanha de assédio”. Ele acrescentou: “É um ataque sério ao pluralismo e à mudança democrática”.
Apesar disso, os investigadores afirmam que ninguém ou nenhuma entidade foi acusada formalmente, mesmo com a investigação em aberto.
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Crescimento da extrema direita
O partido anti-imigração Rally Nacional cresceu em popularidade nos últimos anos. No entanto, em abril, sua cofundadora e líder de fato, Marine Le Pen, foi condenada por desvio de verbas de campanha, proibida de exercer cargos públicos por cinco anos e sentenciada a prisão domiciliar por dois anos.
As sentenças ainda devem ser debatidas, mas já se sabe que ela está impedida de concorrer à presidência do país em 2027. No momento, ela lidera as pesquisas.
Ela está impedida de disputar qualquer cargo público durante cinco anos, segundo a sentença determinada. Além disso, os juízes também condenaram ela a quatro anos de prisão (dos quais dois são pena suspensa e outros dois sob regime domiciliar) e uma multa de 100 mil euros.