A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta sexta-feira (25/7) que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comete “crime intolerável” e ameaça os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o parlamentar afirmou que a cúpula do Legislativo pode ser alvo de sanções dos Estados Unidos.
Eduardo Bolsonaro está nos EUA desde fevereiro para articular medidas do governo Donald Trump contra autoridades brasileiras. O deputado considera que o Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perseguem seu pai por meio do inquérito que apura suposta tentativa de golpe de Estado, no qual o ex-presidente e réu.
“A ameaça de Eduardo Bolsonaro aos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, é um crime intolerável contra a soberania e a democracia no Brasil. A conspiração desse traidor da pátria com os agentes de Donald Trump descamba para uma chantagem cada vez mais indecente, exigindo anistia de Jair Bolsonaro e impeachment de Alexandre Moraes para suspender sanções dos EUA ao Brasil”, afirmou Gleisi.
Nikolas ao lado do deputado Eduardo Bolsonaro
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André Ventura e Eduardo Bolsonaro
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O ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado de cometer atentado contra a soberania nacional
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Eduardo é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro
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Eduardo Bolsonaro disse que Moraes quer prender Bolsonaro ainda em 2025
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) esta de licença nos Estados Unidos
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No dia 9/7, Trump anunciou que taxaria os produtos brasileiros em 50%, numa retaliação ao que considera ser uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro. A medida tem dividido a direita, pois parte do grupo apoia os EUA e tenta barganhar a sanção comercial ao fim do inquérito contra o ex-presidente, além de medidas como o projeto de anistia aos envolvidos com o 8 de Janeiro.
Gleisi completou a reclamação: “Perderam a eleição, nunca reconheceram o resultado, tentaram dar um golpe, assassinar o presidente eleito, e agora querem uma intervenção estrangeira no Judiciário e no Congresso do nosso país. E ainda querem se passar por vítimas. Esse crime de lesa-pátria não pode ficar impune”.
Eduardo aponta sanções a Motta e Alcolumbre
Mais cedo, nesta sexta, o deputado afirmou que Alcolumbre e Motta podem ser os próximos alvos da suspensão de vistos e sanções aplicadas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em entrevista ao programa Oeste com Elas, no YouTube, o parlamentar afirmou que o Brasil pode estar “mais perto do que nunca” de ver a Lei Magnitsky ser aplicada contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.
“O Trump tem um arsenal na mesa dele, e, pode ter certeza, ele não utilizou esse arsenal todo. Caso venha, talvez até hoje, quem sabe, Deus queira, a Lei Magnitsky contra o Alexandre de Moraes, esse vai ser só mais um capítulo dessa novela. Não será o último”, disse o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou na última sexta-feira (18/7) que mandou suspender o visto de Alexandre de Moraes, de seus aliados na Corte e de familiares próximos de todos eles. O político estadunidense mantém contato com lideranças da direita brasileira.
“A caça às bruxas política do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão abrangente que não apenas viola direitos básicos dos brasileiros, mas também se estende além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos”, afirmou Rubio.