O secretário de Economia do México, Marcelo Ebrard, afirmou, neste sábado (12/7), que a imposição das tarifas de 30% sobre mercadorias mexicanas pelos Estados Unidos (EUA) é “injusta”. Devido à sanção comercial, ele disse que o governo mexicano segue em negociações com os norte-americanos para reverter o tarifaço até 1º de agosto.
Em comunicado oficial, Ebrard disse que o México enviou uma comitiva aos EUA nessa sexta-feira (11/7) para buscar a solução do impasse do tarifaço. Na reunião, foi informado que receberia uma carta sobre a imposição de novas tarifas.
“Declaramos, durante a reunião, que consideramos essa medida injusta e que não concordamos com ela”, declarou o secretário (posição equivalente ao papel de ministro de Estado no Brasil).
Segundo Ebrard, a comitiva está empenhada a buscar uma alternativa que “permita proteger empresas e empregos em ambos os lados da fronteira”. “Ou seja, o México já está em negociações”, completou ele.
México e UE entram na mira de Trump
Mais cedo, o presidente dos EUA anunciou mais uma leva de tarifas contra parceiros comerciais. Desta vez, os alvos foram o México e a União Europeia (UE), com uma taxação de 30% sobre suas exportações. O tarifaço passa a valer em 1º de agosto.
Presidente dos EUA, Donald Trump
A decisão faz parte de uma ofensiva protecionista do republicano contra parceiros comerciais, sob a alegação de tentar corrigir supostos desequilíbrios comerciais que estariam, segundo ele, prejudicando a economia dos EUA.
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O teor das cartas foi divulgado na Truth Social, rede social do presidente norte-americano. Assim como nos últimos comunicados, Trump adotou um tom mais político e não se preocupou em dar explicações no campo econômico.
O tarifaço
Desde segunda-feira (7/7), Trump tem notificado oficialmente os países sobre a implementação de tarifas unilaterais na importação de produtos e bens. Com as cartas para México e UE, 24 parceiros foram taxados.
O Brasil foi o maior prejudicado pela sanção comercial de Trump, com uma tarifa de 50%. O governo federal defendeu a soberania nacional e se mostrou aberto para negociar com os norte-americanos.
Confira a lista dos afetados pelo tarifaço:
- Brasil: 50%
- Laos: 40%
- Myanmar: 40%
- Camboja: 36%
- Tailândia: 36%
- Bangladesh: 35%
- Sérvia: 35%
- Indonésia: 32%
- África do Sul: 30%
- Argélia: 30%
- Bósnia e Herzegovina: 30%
- Iraque: 30%
- Líbia: 30%
- México: 30%
- União Europeia: 30%
- Sri Lanka: 30%
- Brunei: 25%
- Cazaquistão: 25%
- Coreia do Sul: 25%
- Japão: 25%
- Malásia: 25%
- Moldávia: 25%
- Tunísia: 25%
- Filipinas: 20%
*Todas as tarifas entram em vigor a partir de 1º de agosto.