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“Grata por ter sobrevivido”: desabafa esposa de lutador preso nos EUA

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“Grata por ter sobrevivido”: desabafa esposa de lutador preso nos EUA

Samara Mello, esposa do lutador brasileiro Godofredo Pepey, preso nos Estados Unidos por violência doméstica, fez um desabafo nas redes sociais nesta quinta-feira (3/7). Ela publicou uma foto do rosto machucado após as agressões e se identificou como “sobrevivente de violência doméstica”.

Na legenda da imagem, Samara relatou as agressões sofridas e denunciou o silêncio que, segundo ela, ainda existe sobre o tema no universo das artes marciais. O relato também alerta para a frequência desse tipo de violência dentro do esporte.

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Imagem colorida, Brasileiro ex-lutador do UFC é preso nos EUA por agredir esposa – Metrópoles

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Entenda o que aconteceu

“Hoje, estou me reerguendo e sou imensamente grata por ter sobrevivido para poder, agora, fazer a diferença na vida de outras mulheres. Espero que as autoridades no Brasil e no mundo entendam que o sangue no meu rosto e no meu corpo escorre nas mãos de quem ainda vê o feminicídio como uma estatística, e não faz o suficiente para mudar isso”, escreveu.

Na publicação, Samara fez uma montagem comparando seu rosto antes e depois da agressão. Na imagem, ela aparece com hematomas e marcas em várias partes da face.

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Quem é Godofredo Pepey

Pepey ficou conhecido ao participar da primeira temporada do reality show “The Ultimate Fighter Brasil”, exibido pela TV Globo em 2012, no qual foi vice-campeão na categoria peso-pena. No UFC, disputou 11 lutas, com cinco vitórias e seis derrotas. Após sua saída da organização em 2018, seguiu carreira no MMA e chegou a se candidatar a vereador em Fortaleza, em 2024, mas não foi eleito.

Leia o relato completo:

Meu nome é Samara Mello, sou esposa do Godofredo Pepey e também sou sobrevivente de violência doméstica.

Quero dizer o que muitos jamais vão dizer: a violência doméstica é real no mundo dos esportes e, na comunidade de esportes de combate, ainda é um tabu que poucos têm coragem de mencionar.

Não podemos mais fingir que isso não existe. A violência doméstica vem em muitas formas: física, emocional, mental, sexual e financeira e nenhuma delas é aceitável.

Hoje, estou me reerguendo e sou imensamente grata por ter sobrevivido para poder, agora, fazer a diferença na vida de outras mulheres.

Quando a violência acontece dentro de casa, não destrói só uma família, impacta toda a comunidade. Precisamos parar de tratar isso como um segredo, é no silêncio que a violência cresce.

Espero que as autoridades no Brasil e no mundo entendam que o sangue no meu rosto e no meu corpo escorre nas mãos de quem ainda vê o feminicídio como uma estatística, e não faz o suficiente para mudar isso.

As próximas gerações dependem das nossas decisões agora.
Esse não é um problema a ser tratado, ele precisa ser abolido.

Sou grata pela comunidade da luta e pelo apoio de organizações lideradas pela Rose Gracie, que leva isso a sério e apoia quem pensa que não tem mais saída.

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