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Guerras, reforma da ONU: os impasses sobre o comunicado final do Brics

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Guerras, reforma da ONU: os impasses sobre o comunicado final do Brics

Rio de Janeiro — Às vésperas da reunião de cúpula do Brics, autoridades ainda buscam consenso em três temas que travam as negociações em torno de uma declaração final.

De acordo com fontes envolvidas nas conversas, os impasses envolvem a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), a questão palestina e o conflito no Irã.

Em relação aos dois últimos temas, a principal dificuldade é ajustar o tom do comunicado. O Irã, por exemplo, defende adotar uma linguagem mais dura – o país foi alvo de ataques recentes por parte de Israel e dos Estados Unidos.

No final de junho, os países do Brics divulgaram um comunicado em que expressam “profunda preocupação” com a ofensiva no Oriente Médio. No entanto, o texto não cita nominalmente Israel nem os Estados Unidos.

Sobre o Brics

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Conselho de Segurança da ONU

Outro ponto sensível é a reforma do Conselho de Segurança da ONU. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende que sejam feitas alterações na composição de colegiado de forma a ampliar a representação de países do chamado Sul Global. Entretanto, como mostrou o Metrópoles, há uma disputa entre países africanos sobre quem deveria ocupar um assento permanente.

O impasse, inclusive, foi um dos principais motivos para que a reunião de chanceleres do Brics, realizada em abril, terminasse sem consenso. Agora, os negociadores admitem que foram feitos avanços, mas que ainda não há um entendimento fechado sobre o assunto.

Por outro lado, os países chegaram a um acordo para a divulgação de três declarações conjuntas, além do comunicado final. Os textos vão abordar os temas da inteligência artificial, a cooperação para erradicar doenças socialmente determinadas e o financiamento de ações de combate à mudança do clima.

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