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    Hamas acusa Netanyahu de dificultar negociações: “Criminoso de guerra”

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    O Hamas, que controla a Faixa de Gaza e está em guerra com Israel, acusou, nesta sexta-feira (11/7), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de dificultar as negociações por um cessar-fogo em Gaza e afirmou que ele tem “intenções maliciosas de um criminoso de guerra”.

    Os porta-vozes do Hamas alegaram que o líder israelense “coloca obstáculos no caminho para se chegar a um acordo que levaria à libertação dos prisioneiros e ao fim da agressão contra nosso povo palestino na Faixa de Gaza”.

    O acordo de cessar-fogo tem sido articulado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que recebeu Netanyahu na Casa Branca essa semana e disse esperar para breve a paz na região.

    Trégua anterior

    • Em janeiro deste ano, Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo após mediação de Catar, EUA e Egito.
    • A expectativa era que o plano de paz fosse implementado em três fases. Na primeira delas, ocorreu a troca de reféns sequestrados pelo Hamas por prisioneiros palestinos que estavam em prisões israelenses.
    • A segunda fase do cessar-fogo seria negociada a partir de março, mas foi suspensa, pois o governo de Israel exigiu uma extensão da primeira etapa e a libertação de todos os reféns que ainda estão em Gaza.
    • Com isso, Israel intensificou os ataques contra a Faixa de Gaza.

    A declaração do Hamas foi realizada nesta sexta, de acordo com o jornal Al Jazeera.

    Já Netanyahu publicou nas redes sociais que está “promovendo um processo que levará a uma libertação significativa, mas somente sob as condições exigidas por Israel: o Hamas deve ser desarmado, Gaza deve ser desmilitarizada”.

    “Se isso não for alcançado pela diplomacia – será alcançado pela força. Foi assim que agimos, assim continuaremos a agir”, afirmou Netanyahu.

    O Hamas também já disse que concordou em libertar 10 reféns israelenses em seu poder se isso possibilitar um acordo de cessar-fogo. O anúncio foi feito após Netanyahu afirmar que as discussões sobre a proposta com o presidente dos EUA, Donald Trump, focaram na libertação dos reféns.