O Aeroporto Internacional Ben Gurion, o maior de Israel, voltou a ser atacado pelos Houthis nesta quarta-feira (16/7). A operação contou, ainda, com ataques do grupo que governa parte do Iêmen em outras duas posições israelenses.
Em comunicado, o porta-voz do grupo, Yahya Saree, afirmou que um míssil balístico iraniano Zulfiqar foi lançado contra o principal aeroporto israelense. Drones também foram lançados contra um porto do país, além de uma instalação militar no deserto de Neguev.
Quem são os Houthis?
- O grupo Houthis foi fundado na década de 1990, no Iêmen. Eles controlam boa parte do país desde meados de 2011.
- Com o início da guerra na Faixa de Gaza, em 2023, os Houthis realizaram centenas de ataques contra embarcações, ligadas a países aliados de Israel, nos mares Vermelho e Arábico.
- Segundo o grupo, as operações são em apoio aos palestinos na Faixa de Gaza.
- Em março deste ano, os Estados Unidos iniciaram uma série de ataques contra posições dos Houthis no Iêmen. Um cessar-fogo entrou em vigor em maio, com a promessa de que navios norte-americanos não seriam atacados.
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No governo de Donald Trump, os Houthis passaram a ser classificados de grupo terrorista
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Porta-voz dos Houthis
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O ataque desta quarta foi confirmado pelas Forças de Defesa de Israel (FDI). Segundo o exército israelense, o míssil foi interceptado pelo sistema de defesa aéreo do país.
Apesar de alegar que a recente ofensiva faz parte das operações em apoio aos palestinos da Faixa de Gaza, o ataque surge dias após uma operação israelense no Iêmen.
No último dia 6 de julho, Israel voltou a atingir pontos no território iemenita, supostamente controlados pelos Houthis. Na ocasião, ao menos três portos e uma usina hidrelétrica foram atacados.
O navio polonês Galaxy Leader, que havia sido sequestrado pelos Houthis em novembro de 2023, também foi atingido pelos bombardeios. De acordo com o governo de Benjamin Netanyahu, a nova onda de violência no Iêmen é uma resposta a agressões iniciada pela organização que controla grandes áreas do país.