O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), nunca apanhou tanto nas redes sociais. É o que mostra um levantamento exclusivo da consultoria digital Bites, realizado a pedido da coluna. Segundo o estudo, as menções a Motta atingiram a máxima histórica nesta quarta-feira (2/7), com 173,8 mil. A maioria dessas citações é crítica ao político paraibano. Motta tem sido alvo especialmente de influenciadores de esquerda e ligados ao governo Lula (PT).
As críticas se intensificaram depois do dia 17 de junho, quando a Câmara aprovou, por 346 votos a 97, a urgência do projeto de decreto legislativo (PDL) que derrubou a alta da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
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Desde aquele 17 de junho, mostra o levantamento da Bites, Hugo Motta foi mencionado 882 mil vezes nas redes. Essas postagens geraram 5,44 milhões de interações. Esse montante representa 27% das menções e 20% do engajamento em relação ao deputado nas redes em todo este ano.
Mesmo sob artilharia do PT e da esquerda, Motta não chegou a perder seguidores nas redes sociais. As redes dele continuam crescendo, embora num ritmo mais lento – desde o dia 30 de junho, ele ganhou cerca de 4 mil novos seguidores em redes como Instagram e Twitter.
Apesar da pancadaria das redes, é possível que os ataques não tenham chegado ainda à massa da população. Um indicativo disso é o fato de que as buscas pelo nome de Hugo Motta no Google ainda não superaram o pico atingido quando ele se tornou presidente da Câmara, em fevereiro deste ano.
O Zen de Hugo Motta
Embora se queixe a aliados sobre os ataques, Hugo Motta tem mantido uma postura “zen” nas redes. A presença virtual do presidente da Câmara se limita a apresentar o que ele entende serem os fatos sobre seu trabalho, sem entrar em discussões ou bate-bocas com os haters.
Aliados do presidente da Câmara ponderam ainda que os ataques são coordenados para tentar passar a imagem de que se trata de algo orgânico – quando, na verdade, não são. Além disso, movimentos de redes sociais costumam ser efêmeros e se dissipam com o tempo, ponderam esses interlocutores.