O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, classificou como “incompatível” o fato de um policial militar, em horário de serviço, tirar uma selfie com o rapper Oruam, que já compôs músicas que enaltecem a facção criminosa Comando Vermelho.
O episódio fez a Polícia Militar abrir um inquérito policial militar para investigar se o sargento cometeu irregularidade.
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“Uma coisa é o policial militar, fã de determinado artista, no horário de folga ir ao show que quiser e tirar foto com quem quiser. Mas, quando o policial está uniformizado e tira uma foto, acho que expõe a instituição”, opinou o secretário de Segurança.
“Acho incompatível tirar esse tipo de foto principalmente com um artista que, é público e notório, enaltece o criminoso ou a atividade criminosa em algumas comunidades. E acho que também seria incompatível fazer a mesma coisa, por exemplo, com um bicheiro no carnaval. Acho tão incompatível quanto, o policial tirar foto com Oruam ou com qualquer bicheiro”, concluiu Victor dos Santos.
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A atitude do agente que tietou o rapper foi reprovada em grupos de policiais militares no WhatsApp.
Oruam se manifesta sobre PM
Após o episódio, Oruam, que é filho do traficante Marcinho VP, manifestou apoio ao PM: “Eu não tenho um dia de paz. Ele só queria um vídeo para a fillha dele. Não tenho culpa do pai que eu tenho. Não sou bandido, sou artista. Eles criam um monstro, eles querem que eu me revolte”.
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Policial virou alvo de inquérito após selfie com Oruam
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O rapper Oruam
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Oruam saiu em defesa de policial
Instagram/Reprodução
“A filha dele é minha fã. Ele pediu um vídeo para a filha dele”, afirmou o cantor.