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    Inquérito do golpe: ex-assessor de Bolsonaro pede acareação com Cid

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    Ex-assessor de Jair Bolsonaro, o coronel Marcelo Costa Câmara pediu ao STF uma acareação entre ele e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, no âmbito do inquérito do golpe.

    A solicitação foi protocolada pela defesa de Costa Câmara na tarde da terça-feira (29/7) e está endereçada ao ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação da trama golpista no Supremo.

    4 imagensTenente-coronel Mauro CidFechar modal.1 de 4

    Coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Costa Câmara

    Reprodução2 de 4

    Tenente-coronel Mauro Cid

    VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto3 de 4

    KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo4 de 4

    Hugo Barreto/Metrópoles

    No pedido, os advogados Christiano e Eduardo Kuntz, que defendem o coronel, dizem que a acareação seria necessária para esclarecer três “incongruências” nos depoimentos de Mauro Cid. São elas:

      1. O trecho em que Mauro Cid afirmou que Marcelo Câmara teve acesso e manipulou as minutas golpistas supostamente apresentadas nas reuniões no Palácio da Alvorada;
      2. A declaração em que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro disse que Marcelo Câmara realizava um monitoramento perene, contínuo e consciente de Moraes, do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin;
      3. O trecho em que Mauro Cid afirmou que, no começo do suposto monitoramento das autoridades, Marcelo Câmara não teria conhecimento das motivações que fizeram o ex-ajudante de ordens solicitar as informações por ele fornecidas e que, depois, com o transcorrer dos dias, mais para o final dos pedidos, Cid tinha conhecimento do porquê o Major Rafael Oliveira havia solicitado essas informações por meio do colaborador.
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    Segundo a defesa de Marcelo Câmara, essas afirmações de Cid seria “isoladas e dissociadas dos demais elementos de prova carreados aos autos”, o que tornaria a acareação uma “medida imprescindível na busca da verdade real”.

    Câmara está preso desde 18 de junho por suposta tentativa de interferência na delação de Cid. Ele foi preso depois que um de seus advogados declarou ter mantido conversas quando o ex-ajudante de ordens negociava a colaboração.