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    Israel admite ataque contra única igreja católica em Gaza: “Acidental”

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    As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram um bombardeio que destruiu a igreja Sagrada Família, a única católica na Faixa de Gaza, mas minimizaram o ataque. A declaração do exército israelense foi divulgada nesta quarta-feira (23/7).

    Depois de investigações, que duraram uma semana, as FDI alegaram que a instituição religiosa foi atingida “acidentalmente”.

    “A investigação revelou que durante uma atividade operacional das tropas das FDI na área da Cidade de Gaza, a igreja foi atingida acidentalmente devido a um desvio não intencional de munições. O impacto causou danos à estrutura e feriu vários civis de Gaza”, disse o exército israelense, em nota.

    O ataque contra a única igreja católica em Gaza aconteceu no último dia 17 de julho, e matou três pessoas. Entre as dezenas de feridos está o padre Gabriele Romanelli, líder religioso local que mantinha contato regular com o papa Francisco sobre a guerra.

    Com o início da guerra, o local também passou a ser usado como abrigo para palestinos que perderam suas casas em bombardeios israelenses.

    Segundo o exército israelense, o episódio motivou “ajustes para melhorar a precisão do fogo”, além de mudanças na diretrizes para ataques próximos a edifícios religiosos ou abrigos.

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    Violência e fome aumentam

    Enquanto não chega a um novo cessar-fogo com o Hamas, Israel tem intensificado os ataques na Faixa de Gaza. As mortes na região, até o momento, já ultrapassam a casa de 62 mil pessoas.

    Na segunda-feira (21/7), a Organização Mundial de Saúde (OMS) acusou tropas israelense de atacarem instalações da agência, além de prender funcionários que atuam no enclave palestino.

    Além disso, a fome tem sido um outro problema enfrentado por palestinos. Com os bloqueios e barreiras impostas na entrada de ajuda humanitária em Gaza, a desnutrição atingiu níveis preocupantes na região. Segundo último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde local, 10 pessoas morreram devido à fome nas últimas 24 horas.

    Mesmo com críticas da Organização das Nações Unidas (ONU), e de outras organizações internacionais, o governo de Benjamin Netanyahu nega não estar facilitando a entrada de ajuda em Gaza.