O Ministério das Relações Exteriores (MRE) vai devolver a carta enviada pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Itamaraty também convocou, pela segunda vez nesta quarta, o encarregado de Negócios da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos (EUA), Gabriel Escobar.
A carta mencionada foi endereçada por Trump. O texto anunciou a imposição da taxação de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA. No decorrer da comunicação, Trump argumenta, entre outros fatores, que a taxação está relacionada a um suposto tratamento inadequado do Brasil ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No texto assinado por Trump, é feita uma série de acusações contra o Brasil, entre elas supostos ataques à liberdade de expressão dos americanos.
Leia também
-
Trump cumpre promessa e anuncia tarifa de 50% para produtos do Brasil
-
Lula diz que responderá tarifa de Trump pela Lei da Reciprocidade
-
Líder do PT cobra posição de Tarcísio após taxação anunciada por Trump
-
Eduardo Bolsonaro sobre taxação de Trump ao Brasil: “Tarifa-Moraes”
“Em parte devido aos ataques insidiosos do Brasil às eleições livres e aos direitos fundamentais de liberdade de expressão dos americanos, como ilustrado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, que emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS às plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado brasileiro”, diz trecho da carta de Trump.
A segunda convocação do encarregado de negócios dos EUA ao Itamaraty nesta quarta ocorreu justamente horas após o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar a imposição de tarifa de 50% a todos os produtos brasileiros. O motivo argumentado pelo Itamaraty para a convocação é que Escobar preste esclarecimentos sobre informações consideradas equivocadas em uma carta assinada por Trump.
Nesta quarta, Escobar já esteve no Itamaraty. A primeira convocação desta quarta foi relativa a informações que Trump publicou nas redes sociais nos últimos dias. As mensagens contêm acusações de que o Brasil estaria promovendo uma “caça às bruxas” mirando Bolsonaro.