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    Justiça determina volta de 25 diretores afastados de escolas em SP

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    A Justiça determinou, nesta quinta-feira (10/7), que os 25 diretores afastados pela Prefeitura de São Paulo voltem aos cargos. A liminar foi concedida a partir de um processo movido pelo Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público (Sinesp) contra a gestão de Ricardo Nunes (MDB).

    Após a decisão, os diretores não precisam mais fazer o curso de requalificação, estabelecido pela administração municipal. O juiz Renato Augusto Pereira Maia destacou que a medida ofereceria “risco de dano irreparável ao exercício do direito à acumulação legal de cargos”, já que exigiria dedicação exclusiva.

    Em comunicado, o Sinesp classificou o afastamento dos dirigentes como “arbitrário” e “injusto”. Além disso, definiu a sentença judicial como uma “conquista histórica para a categoria”.

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    Anteriormente, em 4 de julho, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) emitiu um parecer contrário à ação da prefeitura. Para o órgão, a conduta é ilegal e causa prejuízos às comunidades escolares envolvidas. A promotoria opinou pela concessão da tutela de urgência da ação.

    Entenda o afastamento de diretores de escolas

    5 imagensAlunos observam professora em escola municipal Sala de aula E.E. Louis BrailleEstudantes em escola municipal de São PauloEstudantes em escola municipal de São PauloFechar modal.1 de 5

    Sala de aula de escola municipal

    Prefeitura de São Paulo/Divulgação2 de 5

    Alunos observam professora em escola municipal

    Prefeitura de São Paulo/Divulgação3 de 5

    Sala de aula E.E. Louis Braille

    Jéssica Bernardo/Metrópoles4 de 5

    Estudantes em escola municipal de São Paulo

    Governo de SP/Divulgação5 de 5

    Estudantes em escola municipal de São Paulo

    Prefeitura de SP/Divulgação

    O que diz a prefeitura

    Em nota ao Metrópoles, a Secretaria Municipal de Educação (SME) afirmou que tem “compromisso com a melhoria da aprendizagem e o fortalecimento da gestão pedagógica isenta na rede municipal de ensino”. “A seleção das 25 unidades prioritárias para o Programa Aprimorando Saberes seguiu critérios técnicos e transparentes, com base principalmente nos indicadores do Ideb 2023”, alegou a administração municipal.

    “Para escolas sem esse índice, por participação inferior a 80% nas provas, foi utilizado o Índice de Desenvolvimento da Educação Paulistana (Idep) de 2023. Outro critério foi a permanência mínima de quatro anos dos diretores no cargo. A seleção considerou os resultados dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental. Das 25 unidades, 16 foram selecionadas pelos índices dos anos iniciais (11 pelo Ideb e 5 pelo Idep) e 9 pelos anos finais (1 pelo Ideb e 8 pelo Idep). Todas essas escolas não atingiram as metas do Ideb nas duas últimas edições”, completou a nota.