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    Kremlin reage a ultimato de Trump e diz que “não aceita ameaças”

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    O Ministério das Relações Exteriores da Rússia reagiu nesta quinta-feira (17/7) e  declarou que Moscou “não aceita ameaças”, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que daria 50 dias para o país chegar a um cessar-fogo na Ucrânia ou enfrentará novas sanções.

    O ultimato foi anunciado pelo republicano na última segunda-feira (14/7), como parte de uma postura mais dura em relação ao Kremlin. Além do prazo, o republicano prometeu enviar mais mísseis e armamentos a Kiev.

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    Sinal para “continuar o massacre”

    A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, reagiu à fala do líder americano e classificou a medida como um incentivo à continuidade do conflito.

    A decisão do líder americano de fornecer novos mísseis à Ucrânia é um sinal para ‘continuar o massacre’ e uma rejeição às iniciativas de paz”, disse.

    Além das armas, Trump ameaçou impor tarifas secundárias aos países que continuarem comprando petróleo russo, caso não haja avanço rumo à resolução da guerra iniciada em fevereiro de 2022.

    Questionado por jornalistas em Moscou, nesta quinta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que as declarações do presidente norte-americano são vistas com seriedade pelo governo russo e que serão analisadas cuidadosamente.

    Algumas delas são dirigidas pessoalmente ao presidente Putin. Certamente precisamos de tempo para analisar o que foi dito em Washington. E se e quando o presidente Putin considerar necessário, ele certamente comentará”, declarou.

    Trump, que tenta reforçar sua imagem como mediador diante de mais um conflito mundial, segue demonstrando  frustração com o presidente russo. “Estou decepcionado com ele, mas ainda não desisti. Mas estou decepcionado com ele.”

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    O presidente da Rússia, Vladimir Putin, que ordenou invasão da Ucrânia

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    Trump e Putin

    Kremlin Press Office / Handout/Anadolu Agency/Getty Images

    EUA reestabeleceu envio de armas à Ucrânia

    No início de julho, o governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, suspendeu o envio de alguns tipos de armas a Kiev, alegando preocupação seus próprios estoques de munição.

    O anúncio ocorreu em meio à intensificação dos ataques russos contra a Ucrânia.

    À época, o Kremlin chegou a comemorar a decisão norte-americana, com seu porta-voz, Dmitry Peskov, declarando que “quanto menor o número de armas entregues à Ucrânia, mais próximo estará o fim da operação militar especial”.

    Dias depois, após ligações com ambos os líderes envolvidos no conflito europeu, o ucraniano Volodymyr Zelensky e o presidente russo, Vladimir Putin, Trump voltou atrás na sua decisão, reestabelecendo o envio de armamentos à Ucrânia.