O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou que imagina uma nova reeleição para o ano que vem e desafiou os críticos do seu governo atual. “Eles não sabem o que eu estou pensando. Se preparem porque, se tudo estiver como eu estou pensando, este país vai ter pela primeira vez um presidente eleito 4 vezes”, disse o petista nesta sexta-feira (4/7).
A afirmação ocorreu em no Rio de Janeiro, durante evento da Petrobras, e tinha como contexto as recentes tensões com o Congresso Nacional causadas pelo decreto que aumentou alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ainda assim, o presidente minimizou a crise com o Legislativo e chegou a dizer que é muito agradecido pela relação que possui com os parlamentares.
“Quando tem uma divergência, é bom para agente sentar na mesa, conversar e resolver. Eu não quero nervosismo porque só tenho um ano e meio de mandato. Tem gente que pensa que o governo já acabou, tem gente já pensando em eleição”, disse o político antes de comentar sobre reeleição.
O presidente participou do anúncio de investimentos da Petrobras no setor de refino e petroquímico do Rio de Janeiro, no valor de R$ 33 bilhões.
Crise com Congresso
Em discurso no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (4/7), o presidente afirmou que, “quando tem uma divergência, é bom para a gente sentar à mesa, conversar e resolver”.
Leia também
-
Lula pede que desconto na gasolina chegue ao consumidor: “Paga o pato”
-
Lula defende exploração do petróleo brasileiro: “Não vou abrir mão”
-
“Não tem um número negativo nesse país a não ser a Selic”, diz Lula
-
Lula minimiza crise com o Congresso: “Bom para a gente sentar à mesa”
“Parece que tem uma guerra entre o governo e o Congresso. Eu sou muito agradecido à relação que tenho com o Congresso. O Congresso aprovou 99% das coisas que mandamos. Quando tem uma divergência, é bom para a gente sentar à mesa, conversar e resolver”, destacou o titular do Planalto.
Primeiro decreto derrubado em mais de 30 anos
- No último dia 25, a Câmara e o Senado decidiram pela derrubada do decreto presidencial de reajuste do IOF, algo que não acontecia há mais de 30 anos.
- A última vez que um decreto presidencial acabou derrubado pelo Congresso Nacional foi em 1992, no governo Fernando Collor de Mello.
- À época, o Congresso derrubou um decreto que alterava regras para o pagamento de precatórios, meses antes de a Câmara abrir o processo de impeachment contra o então presidente.
- Agora, em derrota expressiva para o governo, a Câmara aprovou a revogação com 383 votos favoráveis e 93 contrários e, horas depois, o Senado confirmou a anulação em votação simbólica.
Após a derrubada, o governo acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para rever a decisão do Congresso. Nesta sexta, o ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão dos atos do Congresso e do Executivo e marcou uma audiência de conciliação para 15 de julho.