Portal Estado do Acre Notícias

Lula reage ao Congresso: “Se não for à Suprema Corte, não governo”

lula-reage-ao-congresso:-“se-nao-for-a-suprema-corte,-nao-governo”

Lula reage ao Congresso: “Se não for à Suprema Corte, não governo”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a decisão do governo de acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para rever o ato do Congresso Nacional que derrubou o decreto que promoveu alterações na alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Leia também

Em entrevista à TV Bahia, afiliada da Globo, nesta quarta-feira (2/7), o chefe do Planalto afirmou que o decreto é um instrumento do presidente da República e que tem direito de recorrer à Suprema Corte. Ele disse ser “agradecido ao Congresso”, mas que a judicialização do IOF foi necessária para seguir governando.

“Se eu não for à Suprema Corte, eu não governo mais o país. Esse é o problema. Cada macaco no seu galho. Ele [Congresso] legisla, e eu governo. Eu mando um projeto de lei, eles podem aprovar ou não. Se eu vetar, eles podem derrubar meu veto. E se eu não gostar, eu vou no poder Judiciário”, afirmou o petista.

Lula ressaltou, ainda, que “o governo brasileiro tem direito de propor IOF, sim”.

“E nós não estamos propondo um aumento de imposto, não, Estamos fazendo um ajuste tributário nesse país para que os mais ricos paguem um pouco para que a gente não precise cortar dinheiro da educação, da saúde”, pontuou.

Lula negou que tenha rompido com o Congresso após o episódio e declarou que vai conversar com os presidentes Hugo Motta, da Câmara dos Deputados, e Davi Alcolumbre, do Senado, quando retornar de compromissos internacionais, na próxima semana.

Governo recorre ao STF

Nessa terça-feira (1º/7), o governo Lula acionou o STF para tentar manter o decreto que aumenta o IOF. O decreto foi derrubado pelo Congresso, em um grande derrota para o governo, que vai tentar reverter a situação na Justiça, como confirmou o advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias.

Entenda

O pedido da AGU teve como base “três preocupações” fundamentais que “ensejaram a adoção da medida que aumenta o IOF pelo presidente da República: “um claro comprometimento da função administrativa própria do Poder Executivo pelo Congresso Nacional”, “violação ao princípio da separação de Poderes” e “insegurança jurídica”.

Sair da versão mobile