Em meio ao acirramento das relações com o Congresso Nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender publicamente o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Durante cerimônia no Palácio do Planalto, o petista ressaltou a “seriedade” do auxiliar.
“Queria que vocês soubessem o seguinte: poucos países do mundo tem um ministro da Fazenda com a seriedade que o Haddad tem. Poucos países no mundo. Esse país teve poucos”, afirmou, a uma plateia de empresários.
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Lula: “Este país está precisando de um pouco de seriedade”
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“Nunca vou pedir para vocês fazerem um Pix para mim”, disse Lula ao criticar Bolsonaro
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O chefe do Planalto também fez críticas ao ex-ministro da Economia do governo de Jair Bolsonaro (PL) Paulo Guedes. “Eu via na televisão a quantidade de bravata que o Guedes fazia nesse país. O Guedes nunca pediu favor para ninguém. Ele sentava numa feira de forma desaforada, ditava regras e fazia, fazia, fazia”, emendou o presidente.
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Em seguida, Lula reclamou da cobrança por responsabilidade fiscal de seu governo. Para ele, a mesma pressão não era feita às gestões anteriores.
O petista questionou: “Por que ninguém cobrava estabilidade fiscal no governo passado? Por que ninguém cobrava o teto de gastos? Que foi possivelmente o momento mais irresponsável desse país”.
“Então, Haddad, uma coisa que aprendi com a minha mãe: a gente paga muito o preço por ser honesto. Muitas vezes as pessoas são induzidas a serem desonestas porque tem menos problema. Nós vamos pagar esse preço, Haddad”, acrescentou.
Justiça tributária
As declarações foram dada durante o lançamento do Plano Safra 2025/2026, que contou com a presença do presidente e ministros do governo. Na ocasião, o petista anunciou R$ 516,2 bilhões para financiamento do setor agropecuário empresarial.
Ao longo do discurso, Lula voltou a defender as propostas do governo de ajuste das contas públicas. Ele argumentou que as mudanças são uma forma de fazer justiça social.
“Se vocês forem sinceros com a consciência de vocês, vocês vão perceber que a carga tributária desse governo hoje, percentualmente, é menor do que era em 2011. Porque o que a gente está fazendo opção não é tentar aumentar imposto, é tentar fazer uma tributação mais justa, mais correta”, defendeu.