“Péssima”. Esse é adjetivo usado por caciques do União Brasil para definir a primeira reunião que o presidente nacional do partido, Antônio Rueda, teve com o presidente Lula, na semana passada, em Brasília.
O encontro entre os dois aconteceu na manhã da quinta-feira (26/6), horas após o Congresso Nacional impor uma dura derrota ao Palácio do Planalto, ao derrubar o decreto que aumentava as alíquotas do IOF.
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O presidente do União Brasil, Antônio Rueda
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O ministro do Turismo, Celso Sabino
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Lula: “Este país está precisando de um pouco de seriedade”
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Além de Rueda e de Lula, participaram da conversa os ministros Celso Sabino (Turismo), que é do União Brasil, e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), e o líder do partido na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA).
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Lula “escalou” a conversa
Segundo relatos feitos à coluna por fontes do União Brasil, Lula teria “escalado” a conversa, ao cobrar Rueda por posicionamentos e declarações anteriores do cacique contrárias ao governo.
O presidente da República, na avaliação de lideranças do partido, deixou claro ter “mágoas” da legenda, a qual, embora tenha três ministérios no governo Lula, adota postura, muitas vezes, de oposição.
Apesar da tensão, Lula e Rueda terminaram o encontro prometendo conversarem em outras oportunidades para ver se há chances de o União Brasil apoiar oficialmente a reeleição do petista em 2026.
Hoje, essa possibilidade é praticamente nula. Lula, porém, deve ter alguns apoios individuais na sigla. Entre eles, do ministro do Turismo, que busca o apoio do presidente para ser candidato ao Senado pelo Pará em 2026.
A coluna procurou a ministra Gleisi Hoffmann, que é responsável pela articulação política do governo, mas ela não respondeu. O espaço segue aberto para eventuais manifestações de Gleisi.