A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participou por sete horas, nesta quarta-feira (2/7), de audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. Ao sair, conversou com jornalistas sobre o clima da reunião.
“Isso não foi a primeira vez que aconteceu nessa comissão e eu não sou a única. O ministro Fernando Haddad já foi desrespeitado, a ministra Soninha Guajajara, a ministra Nísia Trindade. Todos nós que não defendemos a agenda autoritária, negacionista, que não reconhece a mudança do clima somos desrespeitados”, defendeu Marina.
A ministra seguiu dizendo que o desrespeito é a única coisa que as pessoas que não conhecem o respeito são capazes de oferecer.
“Eu, graças a Deus, participei do debate, trazendo as informações e contribuindo para que a gente possa ajudar, inclusive, aqueles que estão querendo dar um tiro no pé”, seguiu Marina.
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Machismo, acusou Marina
A auxiliar do presidente Lula passou horas respondendo perguntas em tom duro feitas pelos parlamentares e sendo alvo de ataques, que classificou como machismo.
Um dos deputados mais engajados em pressionar a ministra do Meio Ambiente foi Evair Vieira de Melo (PP-ES), segundo o qual a ministra tem “comportamento de adestrada” e é “mal-educada”, enquanto o deputado Zé Trovão (PL-SC) disse que Marina seria “uma vergonha como ministra”.
Confira:
Marina disse ainda ter feito “uma longa oração” pela manhã, antes de comparecer à comissão. “Pedi a Deus para me dar calma, porque eu sabia que depois do que aconteceu no Senado, as pessoas iam achar muito normal fazer o que está acontecendo, aqui em um nível piorado, mas acho que Deus me ouviu, porque eu estou em paz.”