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    Médica da longevidade revela: ter um amor aumenta expectativa de vida

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    Mais do que sentimento ou romantismo, o amor é também fator de saúde e bem-estar. É o que afirma a cirurgiã plástica e especialista em longevidade Elodia Ávila. Em entrevista ao Metrópoles, ela explica como relacionamentos afetivos saudáveis contribuem para uma vida mais longa — e com mais qualidade.

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    “O amor, o afeto, o vínculo, são fatores que refletem diretamente na saúde cardiovascular, na imunidade e no bem-estar emocional, que por sua vez, influenciam na saúde física”, afirma Elodia. Para ela, não se trata apenas de viver mais, mas de viver melhor, e isso passa, necessariamente, pelas conexões emocionais que cultivamos ao longo da vida.

    O cérebro, ao vivenciar relações positivas, libera neurotransmissores como dopamina, serotonina e oxitocina — esta última conhecida como o “hormônio do amor”. Essa combinação melhora o humor, reduz o cortisol (hormônio do estresse), protege o sistema cardiovascular, diminui a pressão arterial e fortalece o sistema imunológico.

    3 imagensO amor, o afeto, o vínculo, são fatores que refletem diretamente na saúde cardiovascularAs conexões emocionais têm papel muito importante na construção de uma vida mais longaFechar modal.1 de 3

    Ainda que a tecnologia tenha permitido vínculos virtuais, as relações presenciais seguem sendo insubstituíveis em termos biológicos e emocionais

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    O amor, o afeto, o vínculo, são fatores que refletem diretamente na saúde cardiovascular

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    As conexões emocionais têm papel muito importante na construção de uma vida mais longa

    Valerii Apetroaiei/Getty Images

    “Existe uma relação direta entre saúde emocional e longevidade. A ocitocina, por exemplo, além de promover bem-estar e conexão, tem efeito anti-inflamatório e impacta positivamente parâmetros físicos mensuráveis”, explica a especialista, que também é estudiosa da neurociência.

    Solidão aumenta significativamente o risco de doenças físicas e mentais

    Por outro lado, o isolamento social tem efeito contrário. Dados recentes mostram que a solidão aumenta significativamente o risco de doenças físicas e mentais. Durante a pandemia, esse impacto ficou ainda mais evidente. Mesmo com o avanço das interações digitais, o toque, o abraço e a presença continuam insubstituíveis.

    “A longevidade não se constrói apenas com alimentação saudável, atividade física e sono de qualidade, embora esses sejam pilares importantes. Ela se faz, também, na troca, na construção de vínculos. Amar é, literalmente, um remédio para viver mais e melhor”, conclui Elodia Ávila.