O micro-ondas ainda gera dúvidas sobre sua segurança, mesmo após décadas de uso nas cozinhas. A boa notícia: o aquecimento nesse aparelho é seguro e não oferece risco direto à saúde — desde que sejam tomados alguns cuidados com os recipientes utilizados.
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A principal recomendação é evitar o uso de plásticos comuns ao aquecer alimentos no micro-ondas. Isso porque, sob altas temperaturas, alguns tipos de plástico podem liberar compostos químicos prejudiciais, como o BPA (bisfenol A), que está associado a distúrbios hormonais e riscos ao sistema endócrino. A orientação é optar por potes com selo “BPA free”, além de preferir materiais como vidro e cerâmica, que são totalmente seguros.
Outro mito recorrente é a ideia de que o micro-ondas “destrói nutrientes” dos alimentos. De fato, todo método de cozimento pode gerar perda de nutrientes — mas essa perda é mínima no micro-ondas e, em alguns casos, menor do que no fogão, já que o aquecimento é mais rápido e requer menos água.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e órgãos reguladores como a Anvisa consideram o uso do micro-ondas seguro, desde que o aparelho esteja em bom estado e utilizado corretamente.
Em resumo: o micro-ondas não é vilão. Ele pode ser um aliado prático na rotina alimentar — desde que recipientes inadequados sejam deixados de lado. O verdadeiro risco está mais no pote do que no prato.
(*) Juliana Andrade é nutricionista formada pela UnB e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Escreve sobre alimentação, saúde e estilo de vida