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    Ministério da Defesa compra robô de R$ 1 milhão para desarmar bombas

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    Às vésperas da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP30, o Ministério da Defesa está adquirindo um robô de R$ 1 milhão destinado à desativação de bombas.

    O equipamento, no entanto, deverá ser entregue poucos dias após o fim da conferência, que acontece em novembro e vai reunir 140 chefes de Estado e 80 delegações de países estrangeiros no Brasil.

    3 imagensMarinha dispõe de 4 robôs para desativação de bombas comprados em 2014Robô é equipado com braço capaz de movimentar objetos com precisão; Defesa vai entregar equipamento à MarinhaFechar modal.1 de 3

    Robô comprado pela Defesa é equipado com um canhão de 12mm

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    Marinha dispõe de 4 robôs para desativação de bombas comprados em 2014

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    Robô é equipado com braço capaz de movimentar objetos com precisão; Defesa vai entregar equipamento à Marinha

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    O robô será utilizado pelo Batalhão de Engenharia de Fuzileiros Navais da Marinha, que pretende ampliar a capacidade de seu Pelotão EOD (Explosive Ordnance Disposal, em inglês) para uma Companhia EOD.

    O equipamento é uma exigência para a inscrição da futura companhia no Sistema de Prontidão e Capacidades de Manutenção da Paz das Nações Unidas (UNPCRS). Atualmente, o Batalhão de Engenharia dos Fuzileiros Navais dispõe de quatro robôs de desativação de artefatos explosivos, adquiridos em 2014 para a Copa do Mundo de Futebol.

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    “Os robôs estão em serviço há mais de uma década, excedendo a vida útil de suas baterias e de muitos de seus componentes. Os modelos disponíveis no batalhão já foram descontinuados por seu fabricante, o que inviabiliza o fornecimento de mão de obra especializada para manutenção e de peças sobressalentes, que já não são mais sequer produzidas”, observa o estudo técnico da aquisição.

    A intenção é comprar um equipamento produzido no Brasil, a fim de reduzir o tempo de manutenção e a substituição emergencial de peças.

    “É mister que seja feita a aquisição de novos robôs produzidos e manutenidos em solo nacional, para que a capacidade de desativação de artefatos explosivos do Corpo de Fuzileiros Navais não fique dependente de longos períodos de espera por sobressalentes importados ou de paralisações por necessidade de assistência técnica estrangeira”, afirma o documento.

    Canhão 12mm

    Segundo a descrição, o robô deve pesar até 150 quilos, ser equipado com um canhão de 12 mm disparado remotamente, mira a laser, com capacidade de operação de pelo menos 300 metros, e tração por esteiras para uso em qualquer terreno.

    As exigências incluem ainda um braço articulado com garra de diferentes velocidades de movimento, “capaz de manipular objetos ou equipamentos com precisão e compatível com o sistema de fogo e mira do canhão”. O robô também deve ser capaz de arrastar uma pessoa ferida e possuir sistemas de alto-falantes e sensores de distância.

    “O robô permite o reconhecimento do local onde se encontra a ameaça, a manipulação de equipamentos especializados nas proximidades do artefato explosivo e, até mesmo, quando necessário, a manipulação e desativação do mesmo, sem a necessidade de expor um operador humano aos riscos de uma detonação intencional ou acidental do artefato”, detalha a licitação.

    A sessão pública para abertura das propostas feitas pelas empresas interessadas ocorre no dia 23. A entrega do equipamento deve ser realizada em até 120 dias após a assinatura do contrato. A COP30 acontece entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém (PA).