O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que “ninguém leva a sério” as ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A declaração aconteceu nesta quarta-feira (9/7).
Em uma publicação na rede social X, Teixeira culpou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), de tramarem contra o Brasil em uma tentativa de livrar o ex-presidente das acusações por tentativa de golpe de Estado, que correm no Supremo Tribunal Federal (STF).
“O inelegível Jair Bolsonaro não tem limites quando se trata de defender os próprios interesses, inclusive jogar contra o Brasil. É isso que ele e o Eduardo Bolsonaro estão fazendo agora, atiçando Donald Trump contra o Brasil para tentar se livrar da cadeira”, disse o ministro. “Ninguém leva a sério as ameaças de Trump, mas se ele decidir do dia para a noite impor tarifas a produtos brasileiros já sabemos de quem é a culpa, do inelegível [Bolsonaro]”.
Trump, tarifas, Brasil e Brics
- Trump tem ameaçado o mundo com um tarifaço e dá atenção especial ao grupo do Brics e ao Brasil.
- O presidente norte-americano já ameaçou aplicar taxas de 100% aos países membros do bloco que não se curvassem aos “interesses comerciais dos EUA”.
- Os EUA já sobretaxaram o aço e o alumínio no Brasil e Trump agora ameaça uma tarifa contra todas as exportações brasileiras para o país.
- Há alguns anos, os países membros dos Brics discutem a criação de uma moeda comum para negociações, como uma alternativa ao dólar no comércio internacional. Isso é o ponto que mais irrita o presidente dos EUA.
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Horas antes da declaração de Paulo Teixeira, Trump acusou o Brasil de não estar sendo “bom” para os EUA, e revelou que novas taxas contra produtos brasileiros devem ser anunciadas até a manhã de quinta-feira (10/7).
Em meio à ameaça, o líder norte-americano também saiu em defesa de Bolsonaro. Na primeira declaração sobre o tema, Trump disse que o ex-presidente “não é culpado de nada” — apesar do que as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022 revelaram.
O posicionamento surge após Eduardo Bolsonaro (PL) deixar suas funções na Câmara dos Deputados, desde fevereiro, para articular possíveis punições de Washington contra autoridades brasileiras. O foco do parlamentar é o ministro Alexandre de Moraes, que atua como relator no julgamento que envolve seu pai e outros 31 réus.