O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a prisão do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo (foto em destaque). O “kid preto” é réu por participação no Punhal Verde e Amarelo, plano de golpe de Estado orquestrado por alguns integrantes do Exército Brasileiro que previa a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de outras autoridades.
A decisão de Alexandre de Moraes acaba por rejeitar o pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa de Azevedo. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, havia solicitado ao STF em 13 de junho último que a Corte negasse a solicitação porque, segundo o procurador, “permanece inalterado o quadro fático considerado para a decretação da prisão preventiva” do militar.
“Destaca-se a necessidade de resguardar a ordem pública e a instrução processual penal, tendo sido corroborado pelo recebimento da denúncia em face do custodiado”, alegou Moraes na decisão assinada nessa terça-feira (1º/7).
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“Panefone”
Azevedo está preso nas instalações do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB) desde novembro de 2024. Um mês depois, em 28 de dezembro, a irmã do militar, Dhebora Bezerra de Azevedo, tentou entrar na prisão com um fone de ouvido e um cabo USB escondidos dentro de uma caixa de panetone.
Devido ao episódio, o tenente-coronel foi proibido de receber visitas. Mas, em decisão publicada em março deste ano, o STF revogou a medida, proibindo apenas a irmã do kid preto de visitá-lo.
Quanto à participação na tentativa de golpe de Estado, o kid preto usa a ida a um clube aquático com a família para se defender das acusações. A defesa de Azevedo alega que o tenente-coronel não participou, no dia 28 de novembro de 2022, da reunião que teria objetivo de planejar as ações destinadas a pressionar os comandantes do Exército a aderir ao golpe de Estado.