O Ministério Público de São Paulo (MPSP) instaurou, nesta terça-feira (15/7), um procedimento investigatório criminal sobre a invasão de manifestantes à sede do banco Itaú na Avenida Faria Lima, zona oeste de São Paulo, ocorrida no início deste mês.
Segundo o MPSP, a investigação foca na possível prática do crime de invasão de estabelecimento comercial para impedir ou dificultar o trabalho, conforme o artigo 202 do Código Penal, além de tentar identificar quem financiou as operações.
8 imagens
Fechar modal.
1 de 8
Reprodução/MTST2 de 8
Reprodução/MTST3 de 8
Reprodução/MTST4 de 8
Reprodução/MTST5 de 8
MTST invadiu saguão do banco nesta quinta-feira (3/7)
Reprodução/MTST6 de 8
Protesto na sede do Itaú em São Paulo
Reprodução/MTST7 de 8
Reprodução/MTST8 de 8
Reprodução/MTST
O promotor criminal Cassio Roberto Conserino determinou que sejam colhidas imagens de câmeras de segurança, depoimento de um representante do Itaú e informações do banco. Segundo o texto, ações desta natureza “beiram a ilegalidade e a inconstitucionalidade”.
O que aconteceu
- No dia 3 de julho. manifestantes da Frente Nacional de Mobilização Povo Sem Medo invadiram, com faixas e cartazes, a sede do Itaú localizada na Avenida Faria Lima, zona oeste de São Paulo, exigindo justiça tributária e maior taxação de milionários no Imposto de Renda.
- O grupo acusa os donos do Itaú, que compraram o edifício-sede por R$ 1,5 bilhão, de “pagarem menos imposto que a maioria esmagadora do povo que luta para pagar aluguel e comer”. Por meio de cartazes, os manifestantes estamparam mensagens em protesto: “O povo não vai pagar a conta”, “Chega de mamata” e “Taxação dos super ricos já!”.
- Imagens registradas nas redes sociais mostram o momento do protesto. Em vídeos, centenas de pessoas aparecem correndo e invadindo o prédio (assista abaixo).
- Quando procurado pelo Metrópoles, o Itaú disse que não vai comentar o assunto. O espaço segue aberto para novas manifestações.
“Ricos versus pobres”
O protesto esteve em sintonia com o momento de tensão vivido entre o presidente Lula e o Congresso Nacional nas últimas semanas. Governistas têm inundado as redes sociais com o discurso “ricos versus pobres”, em que os ricos seriam os poderosos do mercado empresarial e financeiro.
Leia também
-
Manifestantes invadem banco na Faria Lima por taxação de super-ricos
-
“Gangue do puteiro”: 10 são presos por extorquir clientes de boates
-
MPSP investiga Pavanato por vídeos “provocativos” em faculdades
-
SP: PRF apreende ônibus suspeito de transportar trabalhadores escravos
O discurso estimulado pelo Palácio do Planalto é de defesa da “taxação BBB”, em referência a “bilionários, bets e bancos”, grupo conhecido por forte lobby com o centrão e a direita no Legislativo.